Livro Vigésimo

Capítulo 1 – O imperador Cláudio destitui Marcos do cargo de governador da Síria. Longino o substitui. Fado, governador da Judéia, castiga os sediciosos e ladrões que perturbam a província e ordena aos judeus que reponham na fortaleza Antônia as vestes sagradas do sumo sacerdote. O imperador revoga essa ordem a pedido do jovem Agripa.

Depois da morte do rei Agripa, o Grande, de que acabamos de falar no livro precedente, o imperador Cláudio, para honrar a sua memória e manifestar o quanto o havia amado, tirou de Marcos o governo da Síria, como este mesmo lhe havia muitas vezes solicitado, e o entregou a Longino. Nesse mesmo tempo, Fado,… ler mais »

Capítulo 2 – Izate, rei dos adiabenianos, e a rainha Helena, sua mãe, abraçam a religião dos judeus. Sua excelsa piedade e grandes feitos desse príncipe que Deus protege visivelmente. Fado, governador da Judéia, manda castigar um homem que enganava o povo e os que o tinham seguido.

Por esse tempo, a rainha Helena e Izate, seu filho, rei dos adiabenianos, abraçaram a religião dos judeus, pelo motivo que vou expor. Monobazo, cognominado Bazeu, rei daquela nação, ficou possuído de uma paixão violenta por aquela princesa, que era sua irmã, e a desposou. Ela ficou grávida, e, estando ele deitado junto dela, adormecido,… ler mais »

Capítulo 3 – Tibério Alexandre sucede a Fado no cargo de governador da Judéia, e Cumano, a Alexandre. Morte de Herodes, rei da Cálcida. Seus filhos. O imperador Cláudio entrega seus domínios a Agripa.

Fado teve como sucessor no cargo de governador da Judéia Tibério Ale­xandre, filho de Alexandre, alabarche, de Alexandria, que era o mais rico de toda aquela grande cidade e que não fora ímpio como o filho, que abandonou a nossa religião. Foi no seu tempo que sobreveio a Jerusalém aquela grande carestia, na qual a… ler mais »

Capítulo 4 – Horrível insolência de um soldado das tropas romanas causa em Jerusalém a morte de vinte mil judeus. Insolência de outro soldado.

Aproximava-se a festa da Páscoa, na qual os judeus só comem pão sem fermento, e uma grande multidão de povo acorria de todos os lados. Cumano, para impedir que houvesse alguma desordem, colocou uma companhia de sol­dados para montar guarda à porta do Templo, como sempre fizeram os seus predecessores em semelhantes ocasiões. No quarto… ler mais »

Capítulo 6 – Félix, governador da judéia, manda assassinar Eleazar, sumo sacerdote, e os seus assassinos cometem outros crimes, até mesmo no Templo. Ladrões e falsos profetas castigados. Grande divergência entre os judeus e os outros habitantes de Cesaréia. O rei Agripa constitui Ismael sumo sacerdote. Violências dos sumos sacerdotes.

Os negócios na Judéia iam de mal a pior. Estava cheia de ladrões e de magos que enganavam o povo, e não se passava um dia sem que Félix mandas­se castigar alguém. Um dos mais destacados entre os ladrões era Eleazar, filho de Dineu, que era seguido por um numeroso bando de homens semelhantes a… ler mais »

Capítulo 7 – Festo sucede a Félix no governo da Judéia. Os habitantes de Cesaréia obtêm do imperador Nero a revogação do direito de burguesia que os judeus tinham naquela cidade. O rei Agripa manda construir um edifício de onde se via o que se passava no Templo. Os de Jerusalém mandam fazer um muro muito grande para impedi-lo e obtêm do imperador que o mesmo seja mantido.

Pórcio Festo fora mandado pelo imperador Nero para substituir Félix, no governo da Judéia; os judeus de Cesaréia mandaram embaixadores a Roma, para acusar Félix e ele teria sem dúvida sido castigado pelos maus tratos que havia infligido aos judeus, se Nero não lhe tivesse perdoado a pedido de Pallas, seu irmão, que então gozava… ler mais »

Capítulo 8 – Albino sucede a Festo no governo da judéia e o rei Agripa dá e tira diversas vezes o sumo sacerdócio. Anano, sumo sacerdote, manda matar Tiago. Agripa engrandece e embeleza a cidade de Cesaréia de Filipe e a chama Neroniana. Graças que ele concede aos levitas. Relação de todos os sumos sacerdotes desde Aarão.

Morrendo Festo, Nero deu o governo da Judéia a Albino e o rei Agripa tirou o sumo sacerdócio de José para dá-lo a Anano. Anano, o pai, foi consi­derado como um dos homens mais felizes do mundo, pios gozou quanto quis dessa grande dignidade e teve cinco filhos que a possuíram também depois dele; o… ler mais »

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