Ansiedade, estrangulamento emocional

A palavra ansiedade, na língua grega (Anshein), significa estrangulamento. A ansiedade nos tira o oxigênio, corta o nosso fôlego e nos asfixia. Ela rouba nossas forças, embaça nossos olhos e tira de nós a perspectiva do futuro. A ansiedade é um mal que atinge a todos, pobres e ricos, doutores e analfabetos, homens e mulheres, adultos e crianças. A pressão da vida moderna, a falta de comunicação no lar, o isolamento das pessoas e a ausência da comunhão com Deus abrem a porta para a ansiedade.

Jesus nos alerta a não vivermos ansiosos com respeito ao dia de amanhã, quanto ao que havemos de comer, beber ou vestir (Mateus 6.25). Não administramos o futuro, por isso não podemos sofrer por alguma coisa que ainda está para acontecer. A ansiedade é inútil, pois além de não nos ajudar a resolver o problema amanhã, ela nos enfraquece hoje. A ansiedade é incoerente, pois muitas vezes sofremos hoje por algo que jamais vai acontecer. E se tivermos de enfrentar um problema, a ansiedade nos leva a sofrer duas vezes, pois sofremos antes e quando o problema chega, vamos ter que encará-lo novamente. A ansiedade é um ato de incredulidade. Ficamos ansiosos porque duvidamos que Deus é poderoso e suficiente para cuidar da nossa vida. Onde a ansiedade se instala, a fé não tem mais espaço.

Jesus nos ensina que a criação de Deus é um antídoto contra a ansiedade. Os pássaros não semeiam, não colhem nem ajuntam em celeiros, mas Deus os alimenta. Os lírios do campo se vestem garbosamente e eles não trabalham nem fiam, no entanto nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como eles (Mateus 6.28,29). O apóstolo Paulo diz que não devemos ficar ansiosos por coisa alguma, antes devemos apresentar a Deus em oração nossas necessidades (Filipenses 4.6). O apóstolo Pedro diz que devemos lançar sobre o Senhor toda a nossa ansiedade porque ele tem cuidado de nós (1 Pedro 5.7).

Davi nos ensina a receita para a cura da ansiedade. Ele diz que devemos nos agradar de Deus, sabendo que ele é poderoso para satisfazer os desejos do nosso coração (Salmos 37.4). Temos que ter a coragem de entregar nosso caminho ao Senhor, confiar e descansar nele, sabendo que ele tudo fará por nós (Salmos 37.5,7). O mesmo Deus que está na sala de comando do universo também dirige a nossa vida. Nossas crises não o apanham de surpresa. Ele conhece nossas necessidades antes mesmo que as apresentemos a ele. Nós valemos mais que as aves do céu e os lírios do campo. Ele jamais vai desistir de completar sua obra em nós. Se ele nos permite passar por situações difíceis isso não significa ausência de amor nem falta de cuidado, mas ação pedagógica para esculpir em nós o caráter de Cristo. Deus está trabalhando em nós e nos transformando de glória em glória para refletirmos a imagem do seu Filho. Todas as coisas que se nos vêm são trabalhadas pela providência divina para o nosso bem último e maior (Romanos 8.28).

Não deixe seu coração ficar prisioneiro da ansiedade. A Bíblia diz que “a ansiedade no coração do homem o abate” (Provérbios 12.25), mas “o ânimo sereno é a vida do corpo” (Provérbios 14.30). Diz a Escritura: “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos” (Provérbios 17.22). Descanse em Deus. Tire os seus olhos das circunstâncias e ponha-os naquele que está acima e no controle das circunstâncias. Não entre na caverna da depressão, mas diga à sua própria alma: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu” (Salmos 42.11).

Por Hernandes Dias Lopes

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