A necessidade de dar fruto

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. […] Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” (Jo 15.1-8,16).

Que palavras tremendas de Jesus! Que advertência! Dar fruto não é uma opção. É uma consequência inevitável quando alguém permanece em Cristo. Mas, que fruto é este que devemos dar? Certamente não é o fruto do Espírito que vemos em Gl 5.22-23. Para provar isto, vejamos três considerações:

1º) A linguagem. Há uma distinção clara: em Jo 15 Jesus fala do Fruto do discípulo, em Gálatas Paulo fala do Fruto do Espírito.

2º) Se verificarmos a parábola dos talentos (Mt 25.14-30), notamos que o Senhor não vem buscar aquilo que Ele mesmo deu ao servo, mas sim, o lucro que o servo obteve aplicando aquilo que recebeu do Senhor. Ora, o fruto do Espírito é aquilo que Deus nos dá pela vida de Cristo em nós. Amor, alegria, paz, etc. São os talentos que Deus colocou em nossas vidas. Ele não busca aquilo que ele deu (o fruto do Espírito). Ele busca o lucro (o fruto do discípulo).

“Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.” (Mt 13.23).

3º) O texto de Mt 13.23 é claro e definitivo. Alí diz que frutificar é reproduzir a cem, a sessenta e a trinta por um. Assim, frutificação tem a ver com reprodução.

Então conclui-se, que o fruto que Jesus fala em Jo 15 é a reprodução e multiplicação da sua vida. E como é que um discípulo dá fruto? Quando o discípulo permanece em Cristo, andando em Cristo e manifestando a sua vida, as pessoas que convivem com ele são influenciadas. Algumas se convertem a Cristo. Outras, que já estão em Cristo, são edificadas e crescem. Assim, a vida de Cristo se reproduz através do discípulo. Este é o seu fruto.

O fruto de um discípulo é a multiplicação da vida de Cristo em outras vidas.

Quando entendemos isto, então compreendemos a importância do ministério dos santos. É através do desempenho dos serviços comuns, que cada discípulo vai frutificar para o Senhor. Relacionando-se nas juntas e ligamentos do corpo, edificando o companheiro, dando testemunho e edificando discípulos, cada um vai multiplicar a graça do Senhor que está na sua vida. Isto é frutificar.

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