Nenhum jovem ou adolescente gosta de ser chamado, ou confundido como menino. Ficam irritados com os pais quando ainda são tratados em determinadas situações como se ainda fossem meninos. Entretanto, o jovem deve se perguntar: eu ainda tenho atitudes de meninos?
Para não sermos mais meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia induzem ao erro. (Ef. 4.14)
Nenhum jovem ou adolescente gosta de ser chamado, ou confundido como menino. Ficam irritados com os pais quando ainda são tratados em determinadas situações como se ainda fossem meninos. Entretanto, o jovem deve se perguntar: eu ainda tenho atitudes de meninos?
1) Fator que revela falta de crescimento: INFANTILIDADE
“Para não sermos mais meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia induzem ao erro”. (Ef. 4.14)
A imaturidade não é uma questão de sermos como uma criança na simplicidade e sem malícia, pois o Senhor afirmou que “se não nos tornarmos como criança não entraremos no Reino”.
A imaturidade é descrita acima por ser Infantil. A infantilidade é caracterizada por:
a) Instabilidade = inconstância
As crianças são dirigidas pelas circunstâncias; perdem logo o interesse pelas coisas. Querem muito um determinado brinquedo e, quando ganham, logo se desinteressam por ele. São inconstantes.
Estável é aquele que não muda, não oscila (alto/baixo, veloz/devagar).
Paulo adverte: “… sede firmes e constantes…” (1 Co 15.58).
Alguém está crescendo, deixando de ser menino, quando pratica a vontade do Pai, e não a sua própria, em todas as situações. Ele sabe o que quer e onde, quer chegar. Tem alvos e trabalha em função deles.
Não importa os acontecimentos, as reações e as atitudes sempre devem corresponder ao alvo maior. O jovem não deve andar por emoção. Se estamos todos reunidos, então ora, canta cânticos, lê a Palavra, etc. Estando longe, esquece da leitura, da oração, da adoração, etc.
b) Ingenuidade = falta de discernimento
As crianças não dão conta dos perigos que correm.
Na parábola da semente (Mt 13), vemos que o homem maduro, crescido, é aquele que consegue (no Senhor) afastar as pedras e espinhos.
Com respeito aos espinhos, é interessante notar que eles vão crescendo com a plantinha. A planta procura crescer, achando que conseguirá vencer os espinhos crescendo mais que eles.
Há alguns irmãos ingênuos, acreditando que podem levar uma vida dupla, agradando um pouco a Deus e um pouco a sua carne, com os olhos voltados ora para Deus, ora para o mundo, e no final conseguir a vida eterna.
Jesus fez uma declaração firme sobre isso: “ninguém pode servir a dois Senhores…” (Mt 6.24).
Para vencer a luta contra os espinhos só tem uma saída: cortá-los. Devemos cortar tudo o que for mundo. “… a amizade do mundo é inimizade de Deus… lavai as mãos pecadores, e vós de duplo ânimo…” (Tg 4.4, 8).
Não podemos confiar em nós mesmos; devemos desconfiar de nosso coração, que é desesperadamente corrupto.
O diabo anda ao derredor… buscando a quem possa tragar (devorar). A maioria dos grandes predadores acabam sempre pegando as presas mais fáceis, que se distanciam do rebanho e estão desapercebidas.
É ingênuo e, portanto, infantil aquele que tem uma segurança exagerada em si mesmo e arrogante certeza de que não vai cair. Mt 26:33 (Pedro).
Paulo orienta: “Foge também dos desejos da mocidade” (2 Tm 2.22). É ingenuidade procurar estar em situações com aparência do mal e pensar que é maduro o suficiente para vencer a tentação. José, no Egito, quando procurado pela mulher de Faraó, estando a sós num quarto, saiu correndo e largou a capa na mão dela (Gn 39).
2) Fatores que produzem o crescimento: Ef 4.13
a) Buscar a unidade da fé
Unidade de fé significa crer do mesmo modo e nas mesmas coisas que os meus irmãos creem.
“… falem a mesma coisa… pensem a mesma coisa”. (1Co 1:10)
Tiago fala que a fé deve ser mostrada pelas obras, prática. A unidade da fé é buscar viver do mesmo modo – como um só corpo.
Eu venho para o corpo com minhas vontades, meus ideais, minhas preocupações, meus bens.
Viver como membro do Corpo é renunciar o individualismo. “Era um o coração e a alma… dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria” (At 4.32).
Esse modo de viver gerará o crescimento: “… Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é o Cabeça, Cristo, de quem todo corpo bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento, para edificação de si mesmo em amor” (EF 4.11-12,15,16)
O crescimento é em direção a Deus; não é prosperidade material.
b) Conhecimento de Cristo Jesus
Paulo recebeu revelação de Deus quanto ao modo de viver: “… tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo… desejo conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição e a comunhão dos seus sofrimentos…” (Fp 3.8,10).
“… crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus…” (2Pe 3.17-18)
A Palavra nos ensina que devemos ter pleno conhecimento de Jesus. Não se trata de um simples encontro com Ele, mas de viver nEle, estar com Ele.
Como conhecê-lo se não agirmos como Maria, que largava tudo para estar diante dEle, ouvi-lo, contempla-lo, admira-lo, adora-lo, ama-lo.
A juventude é marcada por muitas atividades. Entretanto, devemos ser intensos na comunhão com o Senhor, pela oração, jejuns e leitura da Palavra.
“as minhas ovelhas ouvem a minha voz, e elas me seguem” (Jo 10.27). Só a ovelha que conhece seu pastor irá segui-lo.