As notícias que lemos diariamente nos jornais ou na internet são cada vez mais assustadoras. Problemas de toda sorte, sobretudo com os jovens. E, se não bastasse estas notícias comuns ainda pesa sobre nós as histórias constantes que ouvimos dentro da igreja.
O filho daquele líder pecou. Aquela jovem que tínhamos grande consideração abandonou a fé. Assim como há uma crescente multiplicação, com conversões genuínas e animadoras, há também perdas estarrecedoras.
Por que? Por que há filhos de discípulos que abandonam os caminhos do Senhor? O que há de errado?
Quando meu filho mais velho pecou, abalando a sua fé, busquei ao Senhor intensamente. E o Pai, dentro de sua misericórdia, determinou que tudo fosse escrito para que, em tempo oportuno, fosse utilizado. Algumas coisas foram muito pessoais. Percebi os meus erros os quais eu me arrependi e confessei aos meus filhos e até mesmo diante da congregação.
Todavia continuei nesta busca. Necessitava compreender mais para corrigir tudo que estivéssemos fazendo de errado na criação dos filhos. Eu não só quero acertar mas desejo que todos os meus amados irmãos e companheiros acertem na educação de seus filhos.
Ouvindo alguns pastores amados e lendo a palavra percebi algo muito sério que desejo compartilhar com vocês.
Todos nós fazemos parte da raça eleita, do sacerdócio real, como está em 1Pedro 2.9. Somos chamados a vivermos o nosso sacerdócio continuamente diante de Deus e dos homens. Não é algo para o futuro. Não é algo para quando eu tiver tempo. Faz parte da nossa conversão o assumirmos esta responsabilidade: o sacerdócio real.
O que temos feito com isto? Será que entendemos a grandeza deste sacerdócio? Será que estou correspondendo a este ministério comum a todos os santos? Sou responsável na minha ação como sacerdote diante de Deus e dos homens?
Vamos ler Oséias 4.6
O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. O texto é sério, muito sério. Fala que o povo está sendo destruído por falta de conhecimento. Mas esta não parece ser a nossa realidade. Hoje nós possuímos bastante conhecimento. Talvez muito mais do que possuíram nossos pais. Temos ensinos claros para praticamente tudo. Temos catequese para ser repetida. Recebemos constantemente incentivos para aplicar isto ou aquilo.
Somos exortados por Deus constantemente. Há muitos vídeos e áudio para nos instruirmos é só desejar, buscar e baixar. Nada nos impede, senão nós mesmos. Quando não aplicamos um ensino já recebido, uma palavra já proclamada pelo Senhor é como se estivéssemos rejeitando o conhecimento de Deus. Quando misturo ou mesclo a doutrina do Senhor com minhas idéias, meus pensamentos, minha teologia, corro um seríssimo risco de estar rejeitando o conhecimento profundo, simples e prático de Deus.
Se Deus falou algo, por que tenho que colocar minha marca? Por que acrescento alguma coisa? Não será uma forma de dizer ao único Deus que Ele não sabe muito bem o que está fazendo?
Observe o final do versículo:
… visto que te esqueceste da lei de do teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos E quando rejeitamos somos rejeitados por Deus. Quando esquecemos a lei do nosso Deus ele esquece dos nossos filhos.
Socorro! Isto é terrível.
Mas quando é que esquecemos da lei de Deus?
Quando começamos a nos conformar com este século. E quando isto ocorre? Quando começamos a pensar com o pensamento deste século. Quando a cultura deste século é mais respeitada que a doutrina de Deus. Quando a igreja deste século é mais adorada que o Senhor da igreja. E todas as formas que existem de mesclas do mundo com o reino de Deus. Uma coisa é certa: a modernidade está cada vez mais afastada de Deus. Assim sempre que nos modernizamos corremos um seríssimo risco de nos esquecermos de Deus.
Sendo mais objetivo, nos esquecemos de Deus:
- Quando não há unidade dentro do casamento, há falta de coerência entre o homem e a mulher, os dois divergem no uso da autoridade.
- Quando o marido ou a esposa não vive o seu papel dentro do casamento.
- Quando os pais fazem maledicências dentro de casa com o cônjuge ou com os filhos.
- Quando se aceita os pecados do dias de hoje com normalidade.
- Quando os filhos são deixados de lado.
- Quando, mesmo sob uma orientação, fazem o que querem.
- Quando o mais importante é exercer a justiça própria que a de Deus.
- Quando os pais deixam de ensinar a palavra de Deus dentro de suas casas.
- Quando… com toda certeza você sabe, Deus já te falou mais de uma vez.
O que fazer? Como corrigir este erro?
- Orar, orar muito. Clamar a Deus por misericórdia e que nos ajude a arrepender-nos.
- Confessar não somente às autoridades responsáveis, mas também aos filhos.
- Se humilhar diante de Deus e dos homens, todos temos um teto de vidro.
- Cultivar a presença de Cristo no lar. Colocar “Cristo” em tudo que fazemos: nas conversas,
- nos trabalhos, nas folgas, nas alegrias, nas tristezas…
- Profetizar dentro de casa. Profetizar a cada um dos filhos.
Muito bom que todos nós pais tivéssemos a mesma ação que teve o papai Jó: Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração.
Assim o fazia Jó continuamente, Jó 1.5
Talvez tenham pecado no coração… Um pai extremamente zeloso com seus filhos. Além de se santificar levava seus filhos a se santificarem ao Senhor. Amados, cabe a cada um de nós cumprir plenamente tudo o que o Senhor nos determinou não só para o nosso bem e de nossas famílias, mas para a glória de Deus. Que nossas vidas sejam continuamente um testemunho vivo da vida de Cristo em nós.
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