O que a trajetória da ex-cantora gospel Katy Hudson pode nos ensinar sobre guardar a fé?

Aproveitando o mês de postagens voltadas para o tema da semeadura, gostaria de falar sobre o que não semear para ter uma fé saudável e guardada em Cristo. Proponho para isso uma forma um pouco diferente do que estamos acostumados a ver aqui no Conexão Eclésia. Retirei alguns trechos de uma entrevista dada a Rolling Stone* por Katy Perry. E com isso pretendo ilustrar coisas que a Palavra nos direciona a evitar para guardar a nossa fé. Vamos aos pontos.

Dúvida

Tiago 1:6

“[Katy] começou a se apresentar no mercadão local dois dias por semana provou ser dotada também em discursos improvisados: em um vídeo antigo de um show, ela agarra o microfone para informar a multidão “se você não viver para Cristo, a vida é muito vazia e talvez não haja razão para viver”.

Quem poderia prever que uma menina cristã com tanto potencial se tornaria a princesa pop teen da atualidade? Apesar de improvável, não é impossível. E tenho que destacar que ao ler essa entrevista foi impossível não notar o uso do ‘talvez” nesta frase. Repare que, provavelmente sem perceber, Katy estava pondo em xeque o motivo central de sua vida. Se analisarmos com cuidado esta frase encontramos neste “talvez” uma brecha enorme. O “talvez” abre margens para duvidar se Jesus é realmente a única e verdadeira razão de viver.

Amor ao Mundo

1 João 2:15

“Eu era cristã, mas moderna”, afirma. No entanto, ela tinha um segredo: queria ser uma estrela pop também. “Sempre que ia à casa de uma amiga, ligava a MTV”, conta. As meninas falavam: ‘Por que você vê isso?’ Eu dizia: ‘Eu preciso assistir’. Adorava a Gwen Stefani e a Alanis Morissette.”

Acredito que nossa identidade está diretamente relacionada a com quem você se identifica. Precisamos ser muito cuidadosos com os modelos de vida que admiramos. É muito perigoso imitar pessoas que não nos direcionem de alguma forma a nos parecer com Jesus. Creio que isso tenha sido um dos motivos para a ruína de Kate.

Consciência Ferida

I Tim 1.5-7

“[Katy] começou a questionar o caminho no qual estava. A gravadora fechou e “minha carreira gospel não ia para lugar nenhum”. Começou a compor músicas que não eram gospel sobre amor e garotos. “Abrir mão foi um processo”, conta. (…) Quando parei de ser guiada, percebi: ‘Uau, há muitas escolhas’. Virei uma esponja, absorvendo tudo o que havia perdido. Era curiosa como um gato.” Sorri. “Mas ainda não estou morta.”

Ela mesmo admite que ocorreu um processo para que se tornasse a Katy Perry. Um processo no qual acredito que Katy tenha ferido a própria consciência diversas vezes, decidiu viver mesmo sob a acusação da consciência, até o momento em que cantar sobre experiências sexuais alternativas tenha se tornado não apenas comum como também natural. É preciso lembrar que aqueles que não guardam a boa consciência, terminam naufragando na fé (I Tm. 1:19)

Penso que todos somos passíveis de nos transformar em pessoas diferentes. Seja para pior, seja para melhor. A advertência bem conhecida de Paulo aos irmãos de Corinto cabe perfeitamente para nós: “Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!” (I Co 10.12).

Que o Senhor nos dê graça de permanecer nEle fiéis até o fim, livres de toda semente que possa nos prejudicar no propósito de nos parecer mais com Cristo.

*(trechos de reportagem extraídos da Rolling Stone – Edição 49 – Outubro de 2010)

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