Nossa vocação. Para que fomos eleitos?

Vivemos em um tempo em que as pessoas buscam e se esforçam para se sentirem realizadas. Há um esforço crescente por uma afirmação e sucesso profissional. Quando os jovens chegam na época de cursar a faculdade, fazem um teste chamado “teste vocacional” e então é comum ouvir das pessoas o que elas acham ser suas vocações, mas na palavra de Deus diz que nós já temos uma vocação.

“Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis.” – 2 Pedro 1:10

A exortação não é para que nós descubramos a nossa vocação, mas que procuremos com diligência confirmar a vocação e a palavra diz em outros textos a nossa vocação e para que fomos eleitos.

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.” – Efésios 1:3-6

Na democracia o povo elege seus governantes temporariamente, mas no Reino de Deus é Ele quem elege os seus. Nós não elegemos o nosso Rei e Ele em sua soberania nos elegeu antes da fundação do mundo.

Mas para que Ele nos escolheu? Para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele.

Nossa Eleição:

1 – Santos: Separados para Ele – Não podemos e nem devemos ter qualquer outro uso que não seja para a glória de Deus. Fomos eleitos para sermos Sua propriedade exclusiva.

2 – Irrepreensíveis: O que é ser irrepreensível? É alguém que não precisa ser repreendido.

O Senhor quer que tenhamos nossa mente assim, perfeita. Buscar ser perfeito em Deus é o alvo de todos os discípulos e Deus espera que todos sejam irrepreensíveis em todas as situações. Irrepreensíveis no trato com o marido, esposa, filhos, pais, amigos, finanças, trabalho, etc. e a bíblia ainda diz que ninguém é suficiente para isso, assim nós vivemos na dependência de Deus e pedindo ao Espírito Santo que nos ajude a ser semelhante a Jesus todos os dias.

O fato de sermos santos, não significa que não cometemos pecados. Ser santo não é sinônimo de nunca pecar, é sinônimo de estar separado para Deus.

Em 1 Pedro capítulo 1 diz que algumas pessoas da igreja estão esquecidos da purificação dos pecados de outrora e chama estes de cegos, que só veem o que esta perto, então porque é tão importante lembrar dos pecados passado? Não devemos nos sentir em condenação por estes pecados, mas é importante nos lembrarmos da purificação destes pecados. Nós éramos separados e inimigos de Deus, mas ele nos purificou, então precisamos andar em atitude de humilhação diante de Deus tendo em mente que precisamos Dele todos os dias.

Nessa disposição de coração, nos esforçamos para sermos irrepreensíveis. Paulo afirma não ter sido digno de ser chamado de apóstolos por ter perseguido a igreja, porém em seguida ele afirma ter trabalhado mais que todos os apóstolos juntos ressaltando que não por ele, mas a graça de Deus nele. Foi através da graça de Deus nele, mas foi ele que fez o trabalho.

“Qual nós anunciamos, admoestando a todo homem, e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo; para isso também trabalho, lutando segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente.” – Colossenses 1:28-29

Havia uma eficácia em Deus que operava em Paulo, mas essa eficácia não impedia que ele se esforçasse ao máximo e não impedia que ele se cansasse. Ninguém experimentou a graça de Deus mais que Jesus, porém quando Ele encontrou a mulher samaritana a bíblia diz que Jesus estava exaurido (como um pneu murcho).

Então a graça de Deus não elimina a nossa participação, fomos eleitos para sermos santos e irrepreensíveis e isso passa por nosso esforço, assim esta é nossa eleição, sermos santos e irrepreensíveis.

Nossa vocação:

Comparando 2 Pedro 1:9-10, que já foi lido, com:

“Vós não me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” – João 15:16

Este texto fala tanto da eleição quanto da vocação. Jesus diz: “eu escolhi vocês. Vocês não eram capazes de me escolher, então eu vim e escolhi vocês e agora eu vos dei uma vocação e esta vocação é para que vão de deem fruto e ele permaneça”.
Vamos tentar comparar a vocação dada para o primeiro homem, já que costumamos dizer que o propósito de Deus não mudou com o pecado e dentro deste propósito existia um trabalho para o homem. Ele tinha uma vocação e qual seria essa vocação? Se descobrirmos a vocação de Adão fica mais fácil saber da nossa.

Algumas atribuições de Deus para Adão:
– Guardar o jardim – segurança?
– Dar nomes aos animais – Zoólogo?
– Cultivasse o jardim – Jardineiro?

Todas essas eram atividades que ele tinha, mas não era a sua vocação.

A vocação que Deus deu a Adão: “crescer, multiplicar e encher a terra”
A vocação que Jesus deus a seus discípulos: “Ide por todo o mundo fazendo discípulos de todas as nações”.

Comparando Gênesis 1:26-28 com Mateus 28:18-20.
Nestes dois textos vemos que o Senhor está falando a mesma coisa, crescer e multiplicar a imagem e semelhança de Deus na terra.

A maneira de enchermos a terra de pessoas semelhantes a Deus não é tendo filhos, pois todos nascem com a imagem de Adão e sim fazendo discípulos parecidos com Jesus, os tornando filhos para Deus.

Quando transformamos nossa atividade profissional em nossa vocação, estamos cometendo equívocos, já nos trabalhos missionários, os equívocos são que eles se transformam em serviço social. As pessoas tem ótimos trabalhos sociais mas não conduzem nenhuma pessoa a ser filho de Deus e achavam que sua vocação é fazer o bem. Jesus fez o bem para manifestar o Reino de Deus e manifestar a autoridade Dele em Deus trazendo as pessoas das trevas para a luz. Se focarmos nossas vidas em trabalhos sociais estamos errando o foco.

Um irmão certa vez perguntou: “Por que não somos levados para o Céu assim que nos convertemos que é quando estamos cheios de fé e ansiosos para ver o Senhor?”.

Deus não nos deixa aqui para adorarmos, louvarmos, termos comunhão uns com os outros. Lá no céu com o Senhor faremos tudo isso muito melhor do que na terra. Deus nos deixa na terra para pregarmos o evangelho e para levarmos outros ao conhecimento de Deus tirando as suas vidas do pecado. Todas as demais coisas são atividades circunstanciais que nos acompanham. Devemos fazer bem estas atividades porque somos instruídos a sermos bons patrões, bons empregados, bons maridos, etc., mas essa não é nossa vocação. A nossa vocação é dá fruto.

Em João 15 temos que o ramo que não dá fruto será cortado e lançado fora e então podemos pensar que Deus é impiedoso.

Vamos então para Ezequiel.

“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, que mais é a árvore da videira do que qualquer outra árvore, ou do que o sarmento que está entre as árvores do bosque? Toma-se dela madeira para fazer alguma obra? Ou toma-se dela alguma estaca, para que se lhe pendure um vaso? Eis que é lançado no fogo, para ser consumido; ambas as suas extremidades consome o fogo, e o meio dela fica também queimado; serviria porventura para alguma obra? Ora, se estando inteiro, não servia para obra alguma, quanto menos sendo consumido pelo fogo, e, sendo queimado, se faria ainda obra dele?” – Ezequiel 15:1-5

A videira na verdade é um cipó e não uma árvore bem definida. O tronco é um cipó mais grosso.

Daí o Senhor pergunta: É possível fazer algo com o sarmento (cipó)? Não serve sequer para carvão, ou seja, o cipó da videira é inútil e só serve para uma coisa, para dar frutos e se não dá fruto para que serve?

Se não canalizarmos nossas forças para o propósito de dar frutos, estaremos em grande erro. Devemos ser sal e luz onde estivermos.

O nosso bom desempenho e boa conduta não é para nos destacarmos, sermos os melhores nem termos os melhores salários, é para sermos parecidos com Jesus esse não for nosso motivo, estamos errando na motivação de nossa existência onde estamos na terra para dar fruto.

Na década de 60, durante a revolução cultural na China, uma das medidas que o governo comunista tomou foi de trancar a matrícula dos cristão nas escolas e universidades e ao mesmo teve início a juventude comunista onde as jovens saiam ensinando e disseminando o pensamento comunista acreditando que o comunismo era o futuro do país, então estes jovens quando desconfiavam que alguém era cristão, começavam a provocar e humilhar para que a fé fosse negada.

Conosco é acontece o mesmo. Existe uma pressão e perseguição não explícita baseada no que chamamos de “politicamente correto”. Não se deve falar da fé do outro e tudo é relativo, mas não é assim que deve ser. Cremos em valores absolutos. A bíblia diz: “ai daquele que ao mal chama bem e ao bem chama mal, ai daquele que luz chama trevas e a treva chama luz”.

O que vamos fazer contra essa onda a favor do homossexualismo? Seremos modernos ou vamos denunciar?

Quando Sadraque, Mesaque e Abdnego resolveram não se dobrar diante da estátua, eles não sabiam das consequências, mas eles sabiam o que não podiam fazer. Eles não sabiam o que o rei ia fazer e quando o rei deu a ordem de serem jogados na fornalha o que eles disseram? Não fizeram nada e ainda disseram: “se for da vontade de Deus, Ele nos livra das tuas mãos e da fornalha de fogo, mas se Ele quiser nós morreremos”.

Quem disse que Deus tem que providenciar livramentos espetaculares? Muitas vezes para glorificar a Deus temos que passar vexame, humilhação chegando até a morte.

Os jovens são a geração que Deus quer habilitar para abrir caminho e conduzir em segurança as próximas gerações e hoje o que estão fazendo para isso?

São pessoas dispostas ou pessoas descansadas vivendo suas próprias vidas?

Há uma necessidade de sair para ver o que está acontecendo e Satanás não quer isso. Ele quer nos manter envolvido com nossos próprios interesses, trabalho, faculdade e em seguida estaremos cansados e sentimos necessidade descansar. A indústria que mais cresce é a do entretenimento porque as pessoas tem que descansar e ter um lazer, afinal trabalham tanto e merecem descanso.

Pode ser que alguém precise descansar, porém não merecem.

Um dia o profeta Jeremias foi se queixar com o Senhor de sua sorte e o Senhor o respondeu: “Se competido com aqueles que estão a pé você se cansou, imagine com os que estão a cavalo? Em tempos de paz você está inseguro, o que vai fazer nas planícies do Jordão?”.

Se neste tempo de paz nos sentimos ameaçados, não vamos suportar daqui a dez anos. Deus no concede até agora tempos de paz para nos habilitarmos e tirarmos nossos sonhos da terra, aprendendo a viver como peregrinos.
Precisamos nos livrar deste mar de atividades para podermos sair e ver. Vivemos bem onde estamos então precisamos sair para nos compadecer.

“E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.” – Mateus 9:36

Jesus precisou ver para se compadecer e nós precisamos ver também.

Deus não nos chamou para sermos banqueiros, nos chamou para sermos despenseiros. – Banqueiro(junta riquezas), despenseiro(distribui).

O Senhor nos deu o Pão da vida para repartirmos e se guardamos ele vai mofar então ele nos perguntará: “O que fizeste com o pão?”.

O que ouviremos Dele: Bem fizeste servo bom e fiel… Ou servo mal e negligente…

Esta vida deve ser tratada como investimento para a vida eterna e só temos este tempo para servir a Deus.

“Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá.” – Lucas 12:37

Quem vai servir a quem? Que tempo é este?
Aqui Jesus fala do fim de tudo, que vai lhes dar lugar à mesa e que vai cingir-se e o servir. Jesus se fez servo para sempre. Lá na glória ele vai nos servir e nós só temos esta vida para servi-Lo.

Como saber se vamos morrer amanhã? Cada um de nós deve viver com toda intensidade todos os dias.

Os discípulos de Jesus eram egoístas e gostavam de desfrutar da presença do mestre e certa vez um cego se dirigiu a Jesus e seus discípulos o repreenderam então Jesus se volta e o cura.

Compaixão se aprende exercitando, então temos que sair e exercitar a compaixão. Nunca saberemos as implicações de sair e levar a vida de Cristo aos outros se não sairmos e nem sempre a história será feliz, muitos perdem a vida por falar de Jesus.

Há muito o que Deus pode fazer através de cada um mas precisamos trabalhar com disposição. Este é o tempo de identificar quem está disposto ou pronto para receber e passar o bastão adiante.

Congresso de Jovens 2011 – Manhã 24/07

1 Comentário



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  1. Josué alves disse:

    Que o espírito santo continue te usando!