Do que estamos falando?
1ª dica: Sou fogo que consome;
2ª dica: sou um mundo de iniquidade;
3ª dica: inflamo o curso da natureza e sou inflamada pelo inferno,
4ª dica: sou cheio de veneno mortal;
Resposta:
“Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo. Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.” – Tiago 3:1-8
Irmãos vamos falar sobre nossa língua, nossas palavras e sobre aquilo que falamos e como falamos.
“E, chamando a si a multidão, disse-lhes: Ouvi, e entendei: O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem. Então, acercando-se dele os seus discípulos, disseram-lhe: Sabes que os fariseus, ouvindo essas palavras, se escandalizaram? Ele, porém, respondendo, disse: Toda a planta, que meu Pai celestial não plantou, será arrancada. Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado fora? Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem.” – Mateus 15:10-11; 17-20
Jesus nos exorta para entendermos algo muito importante, que o que contamina o homem não é o que ele come sem lavar as mãos, porque Ele não fala do corpo físico e sim o que sai e são justamente as palavras.
Existem várias características em Jesus e uma delas era a forma com que ele falava e tratava as pessoas.
“O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente;” – 1 Pedro 2:22-23
Temos também em outro texto que Jesus foi como uma ovelha muda diante dos que o acusavam.
Em certa ocasião levaram até Jesus uma mulher que havia adulterado e então O perguntaram se Ele tinha algo a dizer. No primeiro momento Ele calou-se e em seguida cheio do Espírito Santo proferiu palavras as quais são ditas até hoje quando alguém está errado que quer justificar e não ser acusado pelo seu erro diz: “Quem não tem pecado que atire a primeira pedra!”.
Quem domina sua própria língua?
Então vamos analisar as escrituras quando Jesus se refere aos nossos relacionamentos e a interferência daquilo que falamos ou não falamos e como falamos.
“Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.” – Mateus 18:15-17
“Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe.” – Lucas 17:3-4
O que aprendemos com estes textos?
1 – Problema no relacionamento entre dois irmãos deve ser resolvido entre os dois irmãos. O que foi ofendido procura o que ofende e resolve o problema. Se ele não te ouvir leva testemunhas e se ainda assim não ouvir, leva para a igreja. O objetivo é ganhar o irmão e perdoar.
2 – Atentar por mim mesmo. Primeiro analisar minha vida e saber que existe um fórum pra resolver o problema.
E o que isto tem haver com a língua? As vezes temos um problema com alguém e comenta com uma terceira pessoa, daí comenta com uma quarta pessoa, etc… Na verdade a outra pessoa pecou contra mim e eu preciso ajuda-lo e corrigi-lo, assim eu ganho a outra pessoa. O problema não é ofendido e sim o ofensor.
Na verdade, quem foi ofendido deve procurar o ofensor, repreendendo e corrigindo-o. Caso ele entenda e peça perdão, o ganhamos.
Os perigos que encontramos:
1 – Falar com irmãos que não fazem parte do problema – NÃO FAÇA ISSO!;
2 – Lançar palavras que não estejam direcionadas ao convencimento ou repreensão cujo objetivo é ganhar o irmão e corrigir o erro. O correto é falar em amor para o irmão com o intuito de convencê-lo para a disciplina do Senhor e não jogar palavras sem base na palavra. Se teu objetivo é ganhar o irmão, ore antes e procure-o;
3 – Considerar que o próximo erro nos dá o direito de não continuar o padrão que Cristo nos deu.
Ex. Um irmão errou contra mim e em seguida nos acertamos, conversamos e ele se arrependeu. Em pouco tempo ele erra novamente e eu novamente vou até ele e o repreendo e novamente ele erra contra mim… O que não pode é eu desistir de agir da mesma maneira. Jesus diz para perdoarmos setenta vezes sete.
Se estes hábitos fossem colocados em prática, a maioria dos problemas de relacionamento já estaria resolvido. Tem irmão que guarda mágoa de outro o qual nem percebeu o que fez.
“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno. Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.” – Mateus 5:21-24
Raca – Expressão em grego que significa “tolo”.
O que aprendemos com este texto:
1 – Se chegar ao meu conhecimento que meu irmão tem algum problema comigo eu devo ir até ele para resolver;2 – A prioridade não é a oferta e sim o meu irmão. “Se eu não consigo amar o irmão que vejo, não tenho condição de amar a Deus que não vejo”;
3 – Devemos tomar cuidado com o que falamos a respeito do outro. Não podemos falar qualquer coisa do irmão.
Temos tomar cuidado com a língua. Se vai falar, cuidado com “o que?”, “com quem?” e “como?”.
“O qual não cometeu pecado nem na sua boca se achou dolo.”
Dolo: intenção de fazer algo.
Jesus não tinha nenhuma intenção de pecar com a língua.
“Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; e o que cerra os seus lábios é tido por entendido.” – Provérbios 17-28
Quais perigos de não considerar e/ou mal interpretar o texto:
1 – Não considerar como um problema seu quando alguém tem algo contra nós. É problema nosso sim e devemos tomar a iniciativa de resolvê-lo antes do outro;
2 – Achar que Deus prefere o sacrifício a obediência;
Não há retorno nem rodeios, a palavra é “abre o teu coração para o teu irmão”, usa de uma forma santa este instrumento que é incendiada pelo inferno. Abre a tua boca e confessa para teu irmão para resolver o problema com ele.
“Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” – Tiago 1:19
Nossos comentários e nossos juízos de valor.
Juízo de valor: “eu acho”, “eu penso”, “eu acredito”,…
Quando fazemos juízo de valor estamos julgando. Quem nos autorizou fazermos qualquer discernimento de valor que muitas vezes é nocivo ao irmão? Deus não pede o nossa opinião e se você tem algo para expor vá a pessoa correta e abra o seu coração, porque ao disseminar seu juízo de valor você pode estar se contaminando e contaminando.
Nossos comentários:
“A língua benigna é árvore de vida, mas a perversidade nela deprime o espírito; Os lábios dos sábios derramam o conhecimento, mas o coração dos tolos não faz assim.” – Provérbios 15:4;7
O motor de uma língua inflamada pelo inferno é o ouvido que ouve. Se não houver quem fale não há o que ouvir.
“A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; Cuja boca está cheia de maldição e amargura.” – Romanos 3:13-14
“O homem se alegra em responder bem, e quão boa é a palavra dita a seu tempo!” – Provérbios 15:23
Há tempo de falar e há tempo de calar. Busquemos ao Senhor antes procurar o irmão. Precisamos faze o bom uso das palavras que saem do nosso coração.
“Os lábios do justo apascentam a muitos, mas os tolos morrem por falta de entendimento; A boca do justo jorra sabedoria, mas a língua da perversidade será cortada.” – Provérbios 10:21; 31
Jesus diz que a boca fala o que está em abundância no coração.
As vezes quando vamos conversar com o irmão e tentar corrigi-lo com amor, as vezes acontece de ele não saber o que tinha feito e argumenta que não estava em pecado por não saber e que não teve intenção. Na verdade os que se humilham serão exaltados.
“De uma mesma boca procede a bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.” – Tiago 3:10-12
Se somos de Cristo, somos doces. Não pode a mesma fonte jorrar água doce e salgada.
“Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro; Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” – 1 João 4:19-20
Antes de falarmos precisamos ter certeza de que o que vamos falar foi o Senhor que mandou, caso contrário, não falamos. Devemos ser prudentes ao falar.
As vezes lançamos más profecias e palavras de maldição sobre as pessoas sem perceber.
“E os servidores foram ter com os principais dos sacerdotes e fariseus; e eles lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Responderam os servidores: Nunca homem algum falou assim como este homem.” – João 7:45-47
Um dos nossos objetivos é falar como Jesus e não devemos esfriar por nos acharmos longe, devemos acreditar que Ele começou a boa obra em nós e mais do que fé, é necessário obedecer.
Se quisermos ser como Jesus, temos que desejar falar como Ele falou. Precisamos aprender a buscar de Deus o que Ele quer nos falar e o que Ele quer que nós falemos.
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