Há pouco tempo eu estava conversando com um homem que admitia ter problemas crônicos com a mentira. Ele estava tão habituado a mentir que, em certos momentos, não sabia distinguir entre o falso e o verdadeiro. Vivia angustiado pela vida de mentiras, mas dizia que não conseguia mudar. Declarava que não tinha forças suficientes para vencer a mentira.
Depois de ouvir seu desabafo, pude lembrá-lo que recentemente ele mesmo tomou uma decisão que o afastou ainda mais de uma verdadeira mudança de vida. Ele precisava de um genuíno arrependimento, uma mudança de mente quanto ao pecado, mas infelizmente havia se privado de um dos principais instrumentos de Deus para nos levar ao arrependimento: o convívio com pessoas que nos corrigem. Esse homem havia deixado de congregar, e se afastou de pessoas que confrontavam seus erros. Se antes já considerava difícil vencer a mentira, agora ele havia tornado essa vitória impossível.
Ele concordou com tudo o que falei, mas ainda não decidiu tomar a decisão certa.
Talvez nem todos percebam, mas Paulo ensina a Timóteo que a correção é instrumento de Deus para levar seus filhos ao arrependimento. Por isso, Paulo escreve:
“Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente. Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade” (II Tmóteo 2:24,25)
Uma das maiores necessidades que temos em nossa vida cristã é o convívio com pessoas que tenham coragem suficiente para nos corrigir, resistir quando estamos errados e confrontar nossos pecados (Pv. 27:5,6). Deus escolheu esse instrumento para cooperar em nossa transformação. Ao evitar o confronto, estamos nos afastando da possibilidade de termos uma mente renovada.
Fugir da correção é fugir do propósito de Deus. E nós não podemos tomar outro caminho que não seja o que Deus tem para nós, pois Ele nos diz: “O meu justo viverá pela fé. E, se retroceder, não me agradarei dele” (Hb. 10:38).
Nunca se afaste do ambiente que favorece o agir de Deus em sua vida.
“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hb. 10:25).
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