Livrando-nos dos vícios de interpretação das escrituras.

Estamos vivendo em um tempo de confrontação grave e séria entre os valores do Reino de Deus e o mundo, porém a bíblia diz que o mundo jaz no maligno e Jesus disse que Satanás é o príncipe deste mundo e todo o sistema é regido por ele e seus valores que, de uma forma sutil, vai minando os outros valores que a cultura cristã deixou no mundo desde o início e, pouco a pouco, a multiplicação da iniqüidade está empurrando a sociedade para práticas devassas e imorais e o todos vão se acostumando com esses costumes.
O Espírito Santo se esforça para despertar na igreja a consciência de que nós somos um povo eleito e propriedade exclusiva, que não somos do mundo como Jesus não é do mundo. Estamos de passagem e que aqui estamos para ser sal e luz.

Aperfeiçoando a Santidade – 2 Coríntios 6:16-18 – 7:1

A exortação do Espírito Santo é para que aperfeiçoemos nossa santidade, e essa santidade é um estado crescente. Não é estável, é dinâmico. A cada dia necessitamos nos tornar mais santos e o apóstolo Paulo exorta que devemos nos purificar de toda impureza não apenas na carne, mas no espírito também.

As impurezas da carne são mais fáceis de serem detectadas, mas infelizmente uma grande parte da igreja segue envolvida e tropeçando nas impurezas da carne e há uma necessidade de nos desembaraçarmos disto porque o estágio seguinte é nos purificar das impurezas no espírito que são mais sutis e discretas e por aí transita o orgulho, inveja, ciúme, competição, a vanglória, divisão e estas coisas não são claramente expostas. O Senhor espera para que também destas coisas nos purifiquemos.

Abandonando os Vícios de Interpretação das Escrituras
Um dos elementos que são importantes para que cresçamos neste esforço de nos purificar de tudo que contaminam nossa carne e nosso espírito é abandonar vícios igrejeiros de interpretação das escrituras. Temos uma herança teológica que não pedimos, quando nos convertemos já existia. Uma série de valores e dogmas já estabelecidos e que começamos a interpretar as escrituras a partir destas coisas.

Existiu uma situação na áfrica que me ajudou a entender a importância de nos desvencilharmos destas coisas, quando estávamos evangelizando uma jovem chamada Tammy. Lembro-me do primeiro dia em que ela leu a bíblia em árabe porque até então estávamos compartilhando com ela a bíblia em francês pelo motivo de não sabermos a sua atitude devido as muitas histórias de tentativas de evangelização com bíblia em árabe e estes que presentearam serem presos pela polícia. Quando vimos que ela era sincera, lhe apresentamos a bíblia em árabe. Ela folheava com muito cuidado e quando líamos alguns textos ela pedia para repetirmos várias vezes. Fui me dando conta que ela tinha uma mente virgem de qualquer teologia. Não havia em sua mente nenhuma marca teológica, nenhum pressuposto. Ela recebia a palavra como estava ali. Não existia adaptação das nossas conveniências.
Em seguida ela compartilhou uma dificuldade do pai dela e orou com muita simplicidade.
– Senhor, o meu pai está enfrentando dificuldades e está escrito no teu livro que o Senhor nos ama e nos ajuda, então ajuda meu pai.

Não haviam orações trabalhadas, era apenas a exposição de um coração que está descobrindo que Deus se compromete em socorrer os seus.

Imaginando os discípulos de Jesus no início, como eles receberam o evangelho?

Exemplos de Vícios de Interpretação das Escrituras

1. Sendo perfeito como o Pai

“Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial.” – Mateus 5:48

Quando lemos isto, como recebemos? Imaginamos que Jesus usa força de expressão? Achamos que Jesus realmente esperava que seus discípulos fossem santos como Deus?

Quantas vezes passamos por este texto e não damos importância. Não somos desafiados no sentido que Jesus queria. Ele queria que fossemos perfeitos como é perfeito o Pai que está nos céus.

Se acreditamos que ele espera que sejamos perfeitos como ele é, não devemos reconsiderar nossos caminhos?

Se achamos que é retórica de Jesus, estamos bem, mas se entendemos que Ele de fato espera que sejamos perfeitos, devemos reconsiderar nossos caminhos. É hora de nos purificarmos de toda impureza da carne e espírito, aperfeiçoando nossa santidade no temor de Deus porque no fundo o que de fato ocorre é que fazemos o que cremos.

Como sei o que a outra pessoa crê? Olhando o que ela pratica e não o que ela fala. É muito simples declarar fé, o difícil é ter a prática desta fé!

Por exemplo: Dizemos que cremos que o propósito de Deus é que devemos ser semelhantes e Jesus, mas o quanto estamos empenhados a ser semelhantes a Jesus?

2. Recasamento

Cremos que Deus não aceita recasamento e não recasamos pessoas e arcamos com conseqüências. Quantas dificuldades tivemos que administrar com casais que tiveram que separar por causa do Reino de Deus e quantos vivem sozinhos por que seu cônjuge foi embora e ele não pode recasar pelo Reino de Deus.

É doloroso dizer a estas pessoas “você não pode casar-se!”
“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” – Hebreus 12:

Quando não permitimos recasamento e cremos que esta é vontade do Senhor e a mesma palavra diz que sem santificação não veremos a Deus ou pensamos que uma santificação pela metade vai resolver o problema?

Ter temor é tremer

Quando nos livramos destes vícios igrejeiros de interpretação, cresce o temor de Deus e nos damos conta das advertências graves e sérias que existem na palavra. Vivemos um tempo de crise de falta de temor de Deus e a bíblia diz que é o temor de Deus que aparta o homem do mal e este temor tem sido substituído por uma intimidade profana com Deus. É muito fácil chamar Deus de Pai, mas o Pai pergunta:

“O filho honra o pai, e o servo ao seu amo; se eu, pois, sou pai, onde está a minha honra? e se eu sou amo, onde está o temor de mim? diz o Senhor dos exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que temos nós desprezado o teu nome?” – Malaquias 1:6.

Honramos nosso Pai em nossas vidas? O nosso viver diário fora do templo comunica temor e reverencia a ele? Ele é percebido em nossos relacionamentos?

Estas palavras têm o mesmo peso das palavras de Jesus:
“nem todo aquele que diz senhor, senhor entrará no Reino dos céus, mas somente aquele que fizer a vontade do pai que está nos céus”

Recebemos estas palavras assim ou apenas cremos em Jesus e estamos salvos?

Quem está condicionando a entrada nos Reino dos céus à obediência ao Pai é Jesus. Ele ta falando sério ou é brincadeira? Será que alguém entra nos céus sem fazer a vontade do pai? Precisamos fazer a vontade de Deus.

O que a Bíblia diz sobre o “temor a Deus”
Ouvimos por aí:
– Temor não é ter medo de Deus, é ter respeito!

O que a bíblia diz sobre isto:

“Arrepia-se-me a carne com temor de ti, e tenho medo dos teus juízos” – Salmos 119:120

Será que Davi se arrepiava apenas por respeito ou estava com medo de Deus?

“De sorte que, meus amados, do modo como sempre obedecestes, não como na minha presença somente, mas muito mais agora na minha ausência, efetuai a vossa salvação com temor e tremor;” – Filipenses 2:12

Trememos alguma vez diante de Deus, alguma vez fomos confrontados com a sua santidade e o nosso coração e se apertou?

“Pelo que, recebendo nós um Reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e temor, pois o nosso Deus é um fogo consumidor.” – Hebreus 12:28-29

Nosso Deus é fogo consumidor. Devemos servi-lo com reverencia e santo temor. Temor a Deus é muito mais que mero respeito.

O que Jesus disse sobre o “temor a Deus”
“E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.” – Mateus 10:28

Qual o motivo que Jesus dá para temermos a Deus?
– Ele pode fazer perecer no inferno tanto o corpo quanto a alma.

Este tipo de discurso está saindo de moda. O evangelho moderno aponta para a prosperidade. O evangelho moderno não permite que o cristão adoeça ou fique o pobre. Ele tem que ser o melhor ou o maior. Ele vive para a terra e a bíblia os chama de inimigos da cruz de Cristo.

“Irmãos, sede meus imitadores, e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós; porque muitos há, dos quais repetidas vezes vos disse, e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo; cujo fim é a perdição; cujo deus é o ventre; e cuja glória assenta no que é vergonhoso; os quais só cuidam das coisas terrenas. Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, segundo o seu eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas.” – Filipenses 3:17-21

Devemos deixar estes vícios igrejeiros e buscar as palavras de Jesus como Tammy ouviu. Se lêssemos estas palavras para ela como ela iria interpretar isto? Iria interpretar como está aqui escrito!

Devemos procurar a ler a bíblia e receber como está escrito.

Jesus diz que por se multiplicar a iniqüidade o amor de muitos se esfriaria e não queremos estar nestes muitos.

Ananias e Safira

Em Atos dos apóstolos diz que em cada alma havia temor e por conseqüência disto eles caiam na graça de todo o povo e quando se diz que em cada alma havia temor está dizendo que aqueles irmãos viviam de coração a disposição a Deus e sabiam de onde tinham saído. Sabiam da suas condições de condenados e queriam se afastar da condição de condenação que se encontravam.

O que ocorre hoje é que a falta de temor de Deus faz com que os filhos de Deus andem flertando o mundo. Será que nenhum de nós fez o que Ananias e Safira fizeram ou coisas piores? Mas quem caiu morto aqui?

Entre os apóstolos havia um temor a Deus e não conseguiam viver sinicamente.

Eles morreram não porque eles não deram tudo, eles morreram porque mentiram ao Espírito Santo e será necessário que algum entre nós morra para que o temor a Deus retorne a nossos corações?

Alguns flertam com o pecado, não se jogam no mundo nem se entregam ao pecado, mas ficam numa linha divisória. Até onde posso ir sem perder a salvação? Quanto da minha liberdade posso usar sem perder a salvação? Onde deveriam perguntar: O que falta renunciar e abrir mão para agradar a Deus?

Na caminhada vamos acostumando-nos com o que Deus nos fez e diminuímos o valor destas coisas.

O Povo de Israel

Pensamos no povo de Israel, quando saíram do Egito seguidos de muitos sinais e prodígios, o mar se abrindo e as pragas que vieram sobre o Egito, impactados pelo poder de Deus. Tiveram fomo e Deus fez cair maná dos céus e o que eles fizeram? Queriam guardar para outros dias e o Senhor Falava através de Moisés: “fiquem tranqüilos, todos os dias vai cair, peguem só o de hoje.” Mas eles queriam mais. Passado alguns anos no deserto eles disseram a Moisés: “temos saudade do Egito, das comidas de lá. Trouxeste-nos para o deserto e tem nos dado este pão vil”.

Quantos tem tornado a palavra do Senhor um pão vil? A mesma palavra que abriu nosso entendimento e nos livrou do pecado, da condenação e nos trouxe para o Reino de Deus.

Flertando com o mundo

Este estado de estar flertando com o mundo, nos expõe ao pecado, à tentações tolas. Sobre alguns filhos, Deus pode dizer a satanás: “este é meu filho”. Já a outros, Satanás pode dizer a Deus: “estes são teus filhos?”. Que tipo de filhos somos?

“Se eu sou pai, onde está minha honra e se eu sou senhor onde está o respeito para comigo”

Quando demonstramos algum apreço ao mundo estamos insatisfeitos com Deus.

Haverá um tempo em que Jesus reinará por 1000 anos, quanto do lazer deste mundo poderemos fazer durante estes anos? Se imaginarmos que Jesus não vai permitir no milênio, devemos cortar agora e fazer tudo para glória de Deus.

Deus nos trará tempos de abundância de sua presença e santidade.

Como Deus se sente quando flertamos com o mundo

Imagine que em um lugar existe um casal e eles vivem em harmonia e que na rua em que moram existe um homem que tem fama de ser paquerador de mulheres casadas que e dizem já ter levado muitas destas mulheres a trair seus maridos. Um dia o marido chega da rua e este sujeito está debruçado no muro conversando com sua esposa. Pode até ser que ele tenha ido obter uma informação. Em outra ocasião, lá está o homem conversando som a mulher novamente. Esta mulher pode nunca ter se deitado com este homem, nem sequer se insinuado, mas para todos na vizinhança, que passam e veem aquela cena, aquele marido já está sendo traído de fato!

Não houve pecado, mas houve desonra!

Quantas desonras produzimos ao nome de Deus mesmo sem pecar, mas por estar flertando com o mundo?

“Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou pensais que em vão diz a escritura: O Espírito que ele fez habitar em nós anseia por nós até o ciúme?” – Tiago 4:4-5
Aquele que se faz amigo do mundo se faz inimigo de Deus.

Entendemos como está escrito ou há algum vício igrejeiro turvando nosso entendimento?

Ele diz: “infiéis e adúlteros”. Ele não se refere a coisas literais, mas se refere a um adultério espiritual por parte da igreja. A igreja é a noiva de Cristo, é a esposa que ele prepara para si e quando esta esposa entra em amizade com o mundo, Ele tem ciúmes.

Se temos ciúmes de nossas esposas e não queremos deixá-las expostas a outro homem e de, modo contrário, nossas mulheres não nos deixam expostos a mulheres, quanto mais Deus?

“Sim, o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que vós também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o nosso gozo seja completo. E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e nele não há trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade;” – 1 João 2:15-17

Amar o mundo é perder o amor de Deus

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo; como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para o louvor da glória da sua graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado;” – Efésios 1:3-6

Deus nos predestinou para sermos dele e Ele nos trata como propriedade particular, exclusividade e Ele não está disposto a nos dividir com o mundo. Ele quer nossa totalidade, inteira entrega. Se não somos totalmente dele, ele não é nosso.

Ele quer 100% de nossas vidas. Daí a necessidade de nos purificarmos tanto na carne quanto no espírito e aperfeiçoar nossa santidade. A melhor maneira de demonstrar a fidelidade a Deus é se esquivando e não se expondo.

Sou casado há 30 anos, sou só da minha esposa e a quero só pra mim. Mas será que não sou tentado por outras mulheres? Sim, frequentemente. E qual a maneira que tenho que usar para ser fiel? Fugindo e não me expondo.
Alguns se julgam fortes e dizem que Deus já os curou, mas no ano seguinte estão divorciados!

Fugi da impureza
A bíblia diz “fugi da impureza”, não há alternativa.

Com Deus é a mesma coisa, se qualquer situação lhe atrai e implica em transgredir com Deus, fuja. Não pague para ver. Não meça força com a carne. Certamente vamos perder porque a orientação é se esquivar e não testar.

Comparando alguns textos para entender melhor:

2 Coríntios 6:16-18 – Devemos nos separar e nos retirar do meio deles.

O que significa isso? Se separar em um mosteiro? Não.

2 Co 5:20 – Somos embaixadores de Deus na terra e nosso papel é anunciar a Reino de Deus e a reconciliação com ele. Então não posso me separar dos homens. Então não podemos nos separar. Não podemos sair do mundo, temos que conviver com toda a sorte de pecados.

Esse “retirai-vos” diz respeito ao nosso coração e a nossa mente. Não moldar os nossos pensamentos aos pensamentos do mundo, nos posicionar firmes neste mundo.

Jesus conviveu nos ambientes mais estranhos. Conviveu com cobradores de impostos que eram tidos como ladrões, homens maus, rejeitados pela sociedade e que andavam com prostitutas, mas Jesus estava lá e ele estava lá para quê? Para curar a alma daquele povo.

E quando ele foi criticado porque andava com aquela gente ele disse: “eu não vim para os justos, mas para os pecadores.”

Então não se trata de nos separarmos fisicamente, mas termos uma mente e coração cheio da Palavra de Deus.

Conquistando o caráter de Cristo

Não temos facilidade de transbordar com a palavra. Estamos no mundo sendo bombardeados por várias propagandas: impureza, inveja, ciúme, competição, orgulho, autoafirmação, sucesso, riqueza. Como é bom quando um irmão chega e nos dá uma Palavra de Deus.

A nossa condição de filhos foi determinada pelo novo nascimento, recebemos a Cristo em nosso coração como Senhor, fomos salvos, recebemos o Espírito Santo nos tornamos filhos de Deus. A vida de Jesus em nós é um presente que recebemos pela fé, mas o caráter de Cristo é uma conquista e vamos conquistar exercitando essa fé que temos todos os dias.

Temos que entender nossa vida em Cristo como uma linha ascendente. Um dia melhor que o outro, cada dia mais distante do pecado do que o outro.

É assim que acontece conosco?

Perguntas que devemos nos fazer:

  1. O conhecimento que temos de Deus nos faz mais obediente ou mais questionador?
  2. A maturidade que adquirimos nos distancia ou nos deixa mais descansados em relação ao mundo?
  3. O que é maturidade?
  4. Passado o tempo, estamos mais conscientes de nossa maldade ou de nossa bondade?

Quanto mais longe da luz, menos vejo minhas sujeiras. Quanto mais perto da luz, mais vejo quão mau eu sou.

Quanto mais santos, mais vergonha temos de nós mesmos.

O Orgulho

Uma das evidências de que alguém que com o tempo está se distanciando de Deus é o orgulho. A exigência do reconhecimento dos dons que Deus lhe deu, pela graça que Deus lhe deu, pelas experiências que Deus lhe deu, pelas funções que Deus lhe deu.

Quando questionado sobre sua autoridade Moisés disse: “vamos orar”. A terra se abriu e engoliu os questionadores. A quem Deus dá autoridade, a este Deus defende!

Quanto mais eu reivindico os dons e a graça que Deus me deu para me afirmar, mais eu me distancio dEle. Quanto mais eu uso o que Ele me deu para servir, mais me aproximo dEle.

O exemplo dos apóstolos

Talvez por isso a bíblia fale:
“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.” – 1 Coríntios 12:28

Deus estabeleceu em primeiro lugar os apóstolos. Mas como eles viram isso?

“Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, tanto a anjos como a homens.” – 1 Coríntios 4:9

Em termos de autoridade e responsabilidade, os apóstolos estavam em primeiro lugar, mas com respeito a sua atitude de coração, eles estavam em último lugar.

Esta é a vida no Reino de Deus: “quem quiser ser o maior seja o que sirva.”

O trabalho de nos santificarmos é um conjunto das ações de Deus e as nossas. A graça de Deus não anula nossa participação, mas nosso esforço, em si mesmo, é nulo e vão.

No Novo Testamento está cheio de exemplos disto.

Duas coisas mais

Duas coisas elementares para reconstruirmos este caminho:

1 – Consciência limpa

Não permitir que a consciência se macule. Pecou? Confessa. Está sendo muito tentado em algo e não pecou ainda, confessa antes que peque!

A ênfase não está na prontidão do espírito, e sim na fraqueza da carne. A carne é fraca e por isso vigie e ore para não entrar em tentação. O problema de alguns é porque entram em tentação.

As pessoas dizem: “não sei como fiz isso!”. Na verdade se deixou entrar em tentação. O remédio do Senhor é prevenir a tentação. Deixar as coisas que favorecem ao pecado.

2 – Resgate da oração

Jesus disse: “ao orares, entra no teu quarto…”

Esse fechar a porta não é exatamente um quarto, pois muitos não têm quarto, mas sim um tempo só para Deus.
Nos livros de Esdras e Jeremias falam da restauração da cidade de Jerusalém depois que o povo veio do cativeiro na Babilônia, quando Neemias e Esdras vieram, cerca de 85 anos antes deles vieram o primeiro grupo onde estavam os profetas Ageu e Zacarias, dentre outros que foram reconstruir a cidade e o templo. Quando Neemias chegou, o templo já estava levantado. Ele foi levantar os muros para proteger o templo. Acontece que quando os israelitas chegaram em Jerusalém, encontraram tudo destruído.

Em Esdras 3:2-3 temos o relato da seguinte situação: Não havia muros, a cidade estava devastada e havia gente que não tinha o menor interesse em que eles erguessem aquele aquela cidade, mas antes de pensar na proteção, eles entenderam que a prioridade era cultuar a Deus e levantaram um altar.

Temos que nos proteger do mundo, nos separar das práticas do mundo, mas se não levantarmos um altar de adoração e culto a Deus em nosso coração será religião vã. Deus quer recuperar a presença dEle em nosso coração por meio do relacionamento pessoal com Ele. Podemos ouvir palavras que sejam revolucionárias em nossa vida, mas se o Espírito Santo não falar ao nosso coração não adianta.

Temos que retomar o desafio de buscar a Deus.

Congresso de Jovens 2011

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