“Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.” – Mateus 18.1-4
Por que Jesus falou isso?
O que as crianças apresentam naturalmente que os adultos não possuem assim tão comumente? De certo que, quando nasce uma criança, ela já nasce com a natureza decaída de Adão e por isso identificamos em crianças tão pequenas características ruins que também encontramos nos adultos, como egoísmo, ira, mentira, obstinação (teimosia), etc. Mas, se Jesus disse isso, há traços que foram preservados nos pequeninos que Ele aprecia e que são indispensáveis para os que querem pertencer ao Reino de Deus.
Sempre estive cercada de crianças (vizinhos, sobrinhos, filhos). Hoje meus filhos, embora crianças, já não são tão pequenos, mas, independente da minha memória ou da minha experiência, é o Espírito Santo de Deus que está falando ao meu coração para que eu escreva. Que a gente possa permitir que Ele trabalhe em nós, tornando-nos como crianças, como Jesus falou.
O que as crianças pequenas saudáveis apresentam?
Por crianças saudáveis, entendo aquelas que não foram, de alguma forma, deformadas pela maldade humana daqueles que deviam amá-las.
As crianças: São humildes, simples, sem vaidade ou orgulho, não possuem reputação a preservar.
As crianças: Possuem dependência total dos pais. Os pequeninos precisam dos pais para tudo. Bebês, se não forem alimentados pelos responsáveis, morrem de fome. Praticamente tudo os pais precisam fazer pelas crianças pequenas ou consentir que elas façam. Dependem do consentimento dos pais.
As crianças: Aprendem o que os pais ensinam. Possuem um coração disposto a aprender, observam as atitudes e ações dos pais e captam ou repetem tudo;
As crianças: Amam os pais e expressam esse amor com extrema facilidade. Seja com os olhos quando bebês, com gestos, com beijos molhados de baba ou abraços apertados, com o sorriso, com desenhos e cartinhas, etc.
As crianças: Confiam nos pais. Sabem que eles estão cuidando de todas as coisas por elas. Apreciam e desejam esse cuidado.
As crianças: Correm para os pais do jeito que estão, sujos ou desarrumados. Não usam máscaras, simplesmente se lançam assim para os braços dos pais.
As crianças: Sentem-se protegidas pelos pais. Com eles, nada de mal pode lhes acontecer. Os pais são seus super heróis.
As crianças: Sabem que são amados pelos pais e não duvidam desse amor;
As crianças: Buscam a presença dos pais, gostam de estar com os pais, muitos choram pelos pais quando pequenos.
As crianças: Reconhecem desde cedo a voz de sua mãe e de seu pai e sabem que pertencem a eles.
As crianças: Gostam que os pais apreciem o que eles fazem. Buscam agradá-los. Buscam sua aprovação. Quando uma criança está fazendo algo especial, olha logo para os pais para ter certeza de que eles estão vendo.
As crianças: Expressam o que verdadeiramente estão sentindo e não escondem: tristeza, raiva, alegria, etc.
As crianças: São super sinceros. Qual pai ou mãe não passou pelo constrangimento causado por essa extrema sinceridade na frente de outra pessoa?
As crianças: Não possuem malícia. “Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos.” (I Cor 14.20). Crianças pequenas são inocentes ou puras em relação à malícia. Precisamos retornar a essa pureza infantil. Precisamos purificar nossos olhos.
As crianças: Não fazem acepção de pessoas. Não são preconceituosas se não forem ensinadas para serem. Não fazem diferenciação por causa de cor de pele ou condição social, por exemplo.
As crianças: Possuem fé irrestrita. São crédulas, não têm as barreiras do ceticismo e da incredulidade. Se Jesus disse na Bíblia é por que é assim, não há dúvidas e nem entendem porque duvidamos.
Será que essa lista está completa? Que o Senhor continue ministrando ao seu coração para que a gente se converta e sejamos como crianças, conforme dito por Jesus.
“Como uma criança depende de seus pais, como um pobre homem precisa de alguém, quero ser criança, quero ser guiado, quero ser humilde, de Ti necessitado.” – Saulinho
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