“Deus sabe muito bem porque eu nasci e porque Ele me converteu. Sua Palavra nos afirma que nascemos duas vezes…”
Deus sabe muito bem porque eu nasci e porque Ele me converteu. Sua Palavra nos afirma que nascemos duas vezes: uma vez pelo nascimento natural através de nossos pais. A segunda vez por obra exclusiva do Espírito Santo que operou nosso segundo nascimento, ou o “novo nascimento” do qual Jesus falou em João capítulo três. No dia em que fomos batizados completou-se nossa entrada pela porta do reino e, a partir daí, revestidos por Cristo, viemos a perceber que fomos salvos com um propósito. Glória a Deus! Não somos um “acidente de percurso” e nenhum “fruto do acaso”. Não surgimos de uma “grande explosão” (BIG BANG) e muito menos surgimos dos macacos. A Palavra de nosso Deus nos diz com clareza:
Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. (Efésios 2:10)
Deus sabe também o lugar onde habitamos, o país, a cidade, a rua e até o número da casa (veja exemplo disto em Atos 9:11). E Ele sabe porque nos colocou aí. Fomos plantados por Ele para florescermos para Ele! Mas aqui cabe um alerta especialmente para os novos convertidos.
Há um inimigo que investe pesado contra nossa fé e ele tenta estabelecer seu trono onde quer dominar. Hoje estamos vivendo em dias muito semelhantes aos dias em que foram escritas estas impressionantes revelações do Apocalipse:
Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. (Apocalipse 2:13)
As táticas do diabo
O amado irmão Paulo escreveu: “…que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não ignoramos suas intenções” (2 Coríntios 2:11). Mesmo assim, sendo o diabo astuto, sempre procura levar vantagem sobre nós e as táticas dele costumam tomar dois aspectos: investida direta ou infiltração sutil.
No Novo Testamento o inimigo é caracterizado como “o leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pedro 5:8). Isto é investida direta. Ele também é chamado de “anjo de luz” (2 Coríntios 11:14). Isto é infiltração sutil. Tanto uma como a outra dessas suas manifestações demonstra a arte de conquistar e seduzir que ele emprega.
Ambas as formas, seja o confronto direto ou a investida silenciosa, são igualmente perigosas. Perseguição clara ou engano disfarçado são táticas que podem nos atingir. Para nossa segurança, o anjo da igreja, do qual fala Apocalipse 2:12, mostra-nos o lugar onde o inimigo quer estabelecer seu poder e as garantias que temos. As garantias são:
a) Deus sabe o lugar em que habitamos
b) A espada do anjo, também ao nosso dispor, tem dois gumes afiados.
O exemplo do irmão Antipas: um contra todos O texto nos traz o exemplo de nosso irmão na fé, Antipas, mostrando-nos como podemos ser vitoriosos contra o inimigo. Este homem é um destes servos de Deus dos quais a Bíblia nos dá apenas uma mini biografia. Dele apenas é dito: “minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós”. Como seríamos bem-aventurados se Deus pudesse dizer isto sobre nós!
O nome Antipas significa “um contra todos”. É como uma pessoa que nada contra a correnteza. Notemos que o texto afirma que ele foi “minha testemunha, meu fiel”; isso o coloca bem ao lado de Jesus que, nesse mesmo livro de Apocalipse, é designado como “a fiel testemunha” (Apocalipse 1:5).
Nossos recursos
Todos nós temos os mesmos recursos que os vencedores tiveram ao seu dispor. Quais são eles?
1. O primeiro é o SENHOR que conhece o lugar onde habitam os que lhe pertencem.
Se habitamos “em Cristo” estamos no lugar seguro. Ele estará sempre nos guardando. Jesus disse daqueles que permanecem nele: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14.23). Não só habitamos nele, mas somos morada dele! Em que lugar inatingível ao inimigo estamos!
2. Conservamos o seu nome.
Biblicamente “nome” não é somente o designativo de uma determinada pessoa, mas sim, é indicação do caráter da pessoa da qual se fala. Se conservarmos o caráter de Jesus em nós, seremos sempre vitoriosos contra o inimigo. Ele não terá como nos acusar. Está escrito que “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram, e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida” (Apocalipse 12:11).
3. Há uma espada de dois gumes ao nosso alcance.
Os dois gumes da espada são a palavra de Deus e a oração. Quem pode derrotar aqueles que estão na verdade e na comunhão íntima com o Senhor? Jesus nos deu exemplo, derrotou aquele que o tentava no deserto com a palavra de Deus e com a oração.
É maravilhoso poder ouvir de Deus o que a igreja de Pérgamo ouviu neste início de carta: “não negaste a minha fé”. Como podemos fazer isto no meio das lutas com o inimigo? Precisamos nos firmar na última promessa de Jesus aos discípulos: “Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas… até os confins da terra” (Atos 1:8). O poder operará através de nós quando o Espírito Santo habita em nós.
Colocados aqui com um propósito vivamos neste propósito
A vida cristã tem que ser prática. Disse o Senhor: “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes” (João 12:17). No lugar em que eu habito (cidade, bairro, rua e casa), ali onde fui colocado por Ele, o Senhor quer ser glorificado através de vidas que o obedecem.
Tenhamos sempre diante de nós o testemunho de Paulo: “…estou sofrendo estas coisas, todavia não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” (2 Timóteo 1:12) e “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos, levando sempre no corpo o morrer de Jesus para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo” (2 Coríntios 4:8-10). Amém.
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