Susa, hoje em dia Schusch, no Kuzestão, sudoeste da Pérsia, foi numa época a capital de Elã. Foi destruída por volta do ano 645 a.C. por Assurbanipal, mas posteriormente voltou a florescer com todo o esplendor como residência dos persas aquemênidas.
Susa, hoje em dia Schusch, no Kuzestão, sudoeste da Pérsia, foi numa época a capital de Elã. Foi destruída por volta do ano 645 a.C. por Assurbanipal, mas posteriormente voltou a florescer com todo o esplendor como residência dos persas aquemênidas.
Dario I construiu lá, naquela planície de clima temperado, um palácio de inverno.
Num documento escrito em três idiomas (neobabilônico, neoelâmico e persa antigo) são enumerados os trabalhos dos diferentes povos do império persa na construção do palácio. Depois da conquista por Alexandre Magno, Susa ainda continuou gozando de um considerável prestígio sob o governo de selêucidas, partos e sassânidas, mas paulatinamente foi perdendo seu poder político e econômico. Hoje em dia, Schusch é uma cidade sobretudo rural.
As explorações arqueológicas realizadas a partir de 1884 expuseram uma área de aproximadamente 200 hectares, mas estima-se que a área total do assentamento deveria ser pelo menos cinco vezes maior. Os níveis mais profundos da antiga Susa remontam ao começo do quarto milênio a.C.
Em 1901 foi descoberto o famoso “Código de Hamurabi” da Babilônia, que foi trasladado a Susa pelos elamitas. A cidade atingiu sua maior extensão durante a época persa. Os diversos bairros da acrópole, o recinto residencial, a cidade dos artesãos e comerciantes eram estritamente separados entre si. Com este achado da escavação foi confirmada uma grande parte do relato do livro de Ester sobre a época de Xerxes. De acordo com isto, as comunidades judaicas de Susa e de Ectabana gozavam de considerável respeito e influência. Provavelmente, a introdução da festa do Purim, que se celebra em março imitando a festa persa de ano novo, provém de Susa.
Na fortaleza de Susa, no país de Elã, o profeta Daniel tem uma de suas visões e segundo a tradição xiita está enterrado aqui. Seu mausoléu, que se encontra em Schusch, é ainda hoje em dia um lugar importante de peregrinação dos muçulmanos persas e temporariamente se parece a um entreposto de caravanas.
Texto extraído do Livro “Arqueologia da Bíblia”, de Werner Keller – Editora Folio – 2008
Seja o primeiro a comentar!