Nínive encontra-se na margem leste do Tigre, diante da moderna Mossul (Iraque). Embora a cidade seja mencionada pela primeira vez a partir do ano 2.200 a.C., a Bíblia descreve Nínive como uma das antiquíssimas fundações do mítico Nimrod.
Nínive encontra-se na margem leste do Tigre, diante da moderna Mossul (Iraque). Embora a cidade seja mencionada pela primeira vez a partir do ano 2.200 a.C., a Bíblia descreve Nínive como uma das antiquíssimas fundações do mítico Nimrod.
As escavações confirmam um primeiro assentamento em 4.500 a.C. sobre o qual se amontoam, até uma altura de quase 25 metros, outros níveis de cidades mais recentes.
O impressionante montículo de escombros já havia atraído a atenção dos exploradores no século XVII, mas as primeiras pesquisas realizadas em 1820 e 1842-43 não tiveram sucesso.
Foi nas escavações realizadas por Layard e Rassam em 1845-54 que foram encontrados os palácios de Senaqueribe e Assurbanipal e se constatou a identificação com Nínive, baseada nas inscrições. A partir daí foram realizadas numerosas escavações sob a direção do museu Britânico.
A partir dos anos 1960, o Iraque prosseguiu os trabalhos sozinho e não se sabe quando terminarão. Entre as construções mais antigas de Nínive encontra-se o templo de Ishtar que, no máximo, foi construído pelo filho de Sargão, Manishtusu (por volta de 2.300 a.C.) e posteriormente restaurado várias vezes.
Durante a época de esplendor do império assírio, sob o reinado de Salmanasar I, Nínive tornou-se a residência real no ano 1.260 e alcançou categoria de cidade mundial. Quase todos os reis importantes ergueram aqui um palácio. Na época de maior esplendor, sob Senaqueribe (705-681 a.C.), Nínive precisou de uma muralha de mais de 12 Km de comprimento com 15 portas monumentais.
As inscrições em suas obras mencionam tanto a conquista de Laquis quanto o ataque (infrutífero) a Jerusalém. Assurbanipal construiu o último grande palácio; também fundou o arquivo de tabuinhas de argila com 25 mil textos em caracteres cuneiformes.
A destruição de Nínive, prognosticada pelo profetas Naum e Sofonias, ocorreu no ano 612 a.C. Os exércitos unidos dos medos e babilônicos destroçaram a cidade de forma tão violenta que restou apenas uma montanha de ruínas. Durante a época romana nem mesmo o sírio Luciano conhecia a localização geográfica da cidade outrora tão famosa.
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