Assur foi a primeira capital do reino assírio. A cidade, cuja história remonta ao início do terceiro milênio antes de nossa era, encontrava-se sobre um promontório em forma de península junto à margem ocidental do Tigre, e também ao lado de um braço artificial deste rio.
Assur foi a primeira capital do reino assírio. A cidade, cuja história remonta ao início do terceiro milênio antes de nossa era, encontrava-se sobre um promontório em forma de península junto à margem ocidental do Tigre, e também ao lado de um braço artificial deste rio.
Sob a soberania da Suméria, Babilônia e Mitani, Assur, devido a seu comércio, era uma cidade próspera, mas sem significado histórico. Acredita-se que sua primeira muralha deve haver sido construída por volta de 2.300 a.C., e foi feita uma restauração da fortificação na época de Hamurabi, por volta de 1.700 a.C.
No curso dos séculos seguintes Assur expandiu seus intercâmbios comerciais e sua esfera de influência, mas não adquiriu poder dominante até que esteve sob a soberania de Salmanasar I (1.273-1.244 a.C.), que conquistou Urartu, e de seu filho Tukulti-Ninurta (1.243-1.207 a.C.), que conseguiu tomar a Babilônia. Durante seu reinado foi concluída a construção da cidade em todo seu esplendor, foram escavados fossos diante das muralhas e consagrado um templo com um zigurate a Assur, deus do reino e da guerra. As divergências quanto à política interna adiaram a ascensão do reino durante quase um século, até Tiglatpileser I (1.112-1.074 a.C.), que lhe devolveu o brilho.
Do século IX ao VIII a.C., para espanto de todo o Oriente Médio, a Assíria invadiu o Oeste e penetrou na Palestina e até mesmo no Alto Egito, com expedições revestidas de uma crueldade ímpar. No século IX a.C., Assur perdeu a categoria de capital do reino, mas alcançou a de cidade sagrada. Nela havia 34 santuários e foi encontrado um documento, chamado “agenda dos deuses”. As escavações alemãs (1903-1914) demonstraram amplamente essas afirmações.
Após a queda do reino da Assíria, Assur também desapareceu da história. Sob o domínio dos partos a cidade reviveu um florescimento, sofreu muito sob Trajano (116 d.C.) e Septímio Severo (198 d.C.) e foi finalmente abandonada após ser destruída pelo rei dos sassânidas Shajpur I (257 d.C.).
A construção mais impressionante das ruínas de Assur é o zigurate, que originalmente era consagrado ao deus Enlil, no século XIII a. C., mas que foi transferido ao deus Assur, cujo antigo templo não estava muito distante do novo. Foram encontrados a oeste dali os vestígios do templo de Anu-Adad, que estava acompanhado de duas torres escalonadas. Entre eles foram encontradas as ruínas do palácio real do século II, em cujas fundações foram enterrados alguns reis desde o século XI a.C.
O novo palácio, na parte ocidental da cidade, provém do século XIII a.C., e um terceiro palácio (de Senaqueribe) encontrava-se na margem do Tigre, mas a maior parte desabou no rio. Um santuário também de grande importância foi o templo de Ishtar; em Assur existiam numerosos lugares dedicados ao culto da deusa.
- Cidade Bíblica – Assur
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[…] Ruínas da antiga Assur com a presença de militares dos Estados Unidos […]