Ainda é tempo!

No princípio, o homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de DEUS (Gênesis 1.26-27). DEUS fez isso porque queria que eles tivessem comunhão com Ele e fossem eternos.

DEUS criou um lugar especial para aquele primeiro casal, e a Bíblia descreve esse lugar como sendo “um jardim no Éden, na direção do Oriente” (Gêneses 2.8). Ali eles tinham todo o alimento de que precisavam, as melhores ervas e os melhores frutos, de sabores inigualáveis (Gêneses 1.29). Lá também não fazia frio, nem calor, já que não precisavam usar roupas. DEUS também deu autoridade ao homem sobre toda a criação. E colocou apenas um limite para eles: não deveriam comer do fruto de uma determinada árvore, que o próprio DEUS chamou de “árvore do conhecimento do bem e do mal”

Mas, um dia, eles resolveram ser independentes e acreditaram que poderiam ser como DEUS e não precisar mais de DEUS. Pensaram, também, que o fruto daquela árvore proibida é que daria a eles o poder de serem como DEUS. Assim, pegaram um fruto e comeram (Gêneses 3.5-6). Diferentemente do que tinham pensado, ao invés de se tornarem como DEUS eles “morreram” – exatamente o que DEUS tinha dito que aconteceria!

Ao criar o homem e a mulher, DEUS os dotou de Corpo, Alma e Espírito. Quando Adão e Eva pecaram, o pecado entrou neles e estragou essas três áreas. O pecado passou a fazer parte da natureza deles, e eles deixaram de ser imagem e semelhança de DEUS, tornando se outras criaturas. Então, do ponto de vista de DEUS, eles “morreram”, pois não eram mais os mesmos. Vejamos os efeitos nas três áreas:

a) No Corpo: antes eram perfeitos, preparados para a eternidade. Depois do pecado: fraquezas, enfermidades, deficiências físicas e morte tornaram-se presentes;

b) Na Alma: antes tinham harmonia interior e harmonia uns com os outros. Após a entrada do pecado ficaram sujeitos a ansiedades, angústias, medos, depressões e incertezas. Além disso, no trato de uns para com os outros passaram a conviver com desconfianças, brigas, invejas, cobiças, roubos, homicídios e guerras;

c) No Espírito: antes tinham livre acesso a DEUS e comunhão com Ele. Tinham desejo e interesse na presença e na vontade de DEUS e estavam capacitados a entender a Sua vontade e a expressar suas questões a DEUS. Com a entrada do pecado, a presença de DEUS passou a trazer medo. Então, se afastaram, deixando de ter interesse por Sua presença e Sua vontade.

O resumo disso é que o ser humano se tornou inútil para o propósito de DEUS! Como o pecado passou a fazer parte da natureza de Adão e Eva, essa natureza de pecado foi transmitida aos seus descendentes, juntamente com todas as consequências no corpo, alma e espírito:

“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5.12)

Por isso a bíblia afirma

“Não há justo, nem um sequer; não há quem entenda, não há quem busque a DEUS. Todos se desviaram e juntamente se tornaram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. Pois todos pecaram e carecem da glória de DEUS” (Romanos 3.10-12, 23)

Mas DEUS não ficou sem testemunho na Terra:

1) A criação testemunha de DEUS

“Os céus proclamam a glória de DEUS e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Salmos 19.1)

O apóstolo Paulo escreveu

“Os atributos invisíveis de DEUS, tanto o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas.” (Romanos 1.20)

2) Os profetas testemunharam de DEUS

Homens chamados por DEUS, inspirados por DEUS, levantados por DEUS, disseram, falaram, escreveram, gritaram:

“Volta, ó Israel, para o Senhor teu DEUS” (Oséias 14.1)

Assim fizeram Oséias, Jeremias, Isaías, Daniel, Ezequiel, Jonas, Amós, e tantos outros homens, e não apenas para o povo de Israel.

3) O coração do homem testemunha de DEUS

Embora corrompido pelo pecado, “alguma coisa” dentro do homem o desperta para crer e buscar a divindade, como disse o apóstolo Paulo aos atenienses: “Para buscarem a DEUS se, porventura, tateando, o possam achar, se bem que não está longe de cada um de nós” (Atos 17.27)

Assim, DEUS manteve o seu testemunho aceso aqui na terra – pela criação, pela ação dos profetas e por esse “incômodo interior” no coração dos homens. Então, quando chegou a “plenitude do tempo” (Gálatas 4.4-5), DEUS deu início ao seu penúltimo ato em direção aos homens.

Esse ato começou quando uma jovem judia de uns 16/17 anos foi procurada por um anjo de DEUS e informada que ficaria grávida e daria à luz uma criança do sexo masculino, a quem deveria dar o nome de Jesus. Aquela jovem era virgem e nunca tinha tido contato sexual, mas o anjo disse que a criança seria gerada pelo Espírito Santo. Em outras palavras, DEUS iria gera diretamente aquela criança, sem precisar do espermatozoide de nenhum homem, nem tampouco do óvulo de Maria (Lucas 1.26-38).

O nome “Jesus” significa “YAVEH é salvação”. Quando o anjo foi explicar a situação a José, noivo de Maria, ele disse que esse deveria ser o nome da criança porque “ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mateus 1.21)

O que nem José nem Maria sabiam naquela altura dos acontecimentos é que aquela criança não era apenas um “ente santo”. Era o próprio DEUS! O DEUS que criou os céus e a terra, o DEUS que criou o homem, o DEUS que tirou Israel do Egito, que abriu o Mar Vermelho, que derrubou as muralhas de Jericó, o DEUS tantas vezes rejeitado pelos homens… Ele estava na terra, Emanuel (que quer dizer “DEUS conosco”). Como ser humano, nascido de uma mulher! Como está escrito:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS. Ele estava no princípio com DEUS. Todas as coisas foram feitas por Ele e, sem Ele, nada do que foi feito se fez… e o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1.1-3, 14)

Para DEUS se fazer homem, foi necessário se esvaziar da glória, do poder, da grandeza, da honra, de tudo. Em sua carta aos Filipenses, o apóstolo Paulo escreveu

“Ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo plenamente a forma de servo e tornando-se semelhante aos seres humanos” (Filipenses 2.7)

Assim, estava iniciado o penúltimo ato: DEUS na terra como ser humano!

Aquela criança cresceu e se tornou um adulto. Um adulto que andava por toda parte, indo em direção às pessoas, buscando as pessoas, deixando que se aproximassem dele. E, junto a elas, ouvia suas dores e angústias e agia: curava suas enfermidades, libertava-as de demônios, ensinava a vontade do Pai, chamava-as ao arrependimento, perdoava pecados, repreendia os de coração duro.

Nunca pecou, porque escolheu – em cada momento – fazer a vontade do Pai, e não a sua própria vontade.

Basicamente, pecado é isso: viver para si mesmo, viver fazendo a sua própria vontade e não a de DEUS. Nós somos criaturas, DEUS é o Criador. Não é uma relação de igualdade. Portanto, a criatura deve fazer a vontade do seu criador. Quando escolhemos viver para nós, para a nossa vontade, estamos sendo rebeldes, estamos pecando.

Às vezes podemos achar isso estranho. Olhamos em nossa volta e vemos tanta maldade, tanta perversidade. E, então, pensamos “não sou como est , nem como aquele, nunca fiz maldades como estas”. Então, somos tentados a nos achar pessoas boas e justas, mas apenas porque estamos nos comparando com outros piores (supomos) do que nós!

DEUS vê de outra maneira! A questão é: o que estou fazendo com a vida que me foi concedida? Uso essa vida para fazer a minha vontade ou a de DEUS? Lembre-se, foi assim que o pecado entrou em Adão e Eva. Escolheram fazer a sua própria vontade, e não a de DEUS. Foram rebeldes. Imagine quanto pecado há no mundo!

Por isso a Bíblia diz que “não há justo, nem um sequer; todos se desviaram e juntamente se tornaram inúteis” (Romanos 3.10 e 12).

Jesus nunca pecou porque nunca fez a sua própria vontade! Está escrito que ele, vivendo como homem, “… a si mesmo se humilhou, e foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses 2.8)

Ele mesmo disse “A minha comida consiste em fazer a vontade de meu Pai e realizar a sua obra” (João 4.34)

Observe, então, que grande contradição: o único homem que andou na terra sem jamais pecar foi julgado e condenado como culpado, e recebeu a pior sentença do seu povo: morte de cruz! E a acusação foi que ele havia dito que era o Filho de Deus, e os religiosos da época não gostaram.

Mas o motivo real da morte de Jesus não foi enxergado por nenhum daqueles homens, nem os que o condenaram, nem os que executaram a pena, e nem pelos seus próprios discípulos. Pelo menos, não naquele momento. Esse motivo já estava escrito há mais de 700 anos antes daquele julgamento:

“De fato, ele foi ferido por causa das nossas próprias culpas e transgressões, foi esmagado por conta das nossas iniquidades… na verdade, todos nós, tal como ovelhas perdidas, andamos errantes; cada ser humano tomou o seu próprio caminho. E DEUS fez cair sobre ele [o Seu Filho] a iniquidade de todos nós” (Isaías 53.5-6)

Jesus morreu porque foi para isso que ele veio: receber, em nosso lugar, o castigo da nossa rebeldia e dos nossos atos de pecado! Nunca esqueça isso, ele nunca pecou. O castigo era de cada um de nós, mas, como está escrito no texto, ele foi ferido e esmagado por nossos pecados, nossa culpa, nossa independência, nossa rebeldia.

Se você acredita que DEUS é santo e justo, nu ca mais pense que você é uma pessoa boa ou justa, porque não é! DEUS olhou de Sua santa morada e disse “não há justo, nem um sequer. Todos pecaram”! E, então, enviou o Seu Filho para ser castigado em nosso lugar.

Depois da morte de Jesus naquela sexta-feira, seus amigos e discípulos ficaram muito mal. Não entenderam os acontecimentos, e acharam que tudo estava acabado. Mas, aí, quando chegou o domingo, DEUS ressuscitou o seu Filho!

Pregando para uma multidão de mais de 3.000 pessoas, quase dois meses depois da ressurreição, o apóstolo Pedro disse: “DEUS o ressuscitou, livrando-o da agonia da morte, porque não era possível que fosse retido por ela” (Atos 2.22)

E o apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, relatou:

“Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora do tempo” (1 Coríntios 15.4-8)

A ressurreição de Jesus fez mais do que alegrar aqueles homens. Ela transformou a vida deles! Sabe por que? Porque significou que DEUS havia aceitado o sacrifício de Seu Filho como oferta pelo pecado dos homens e ele era, mesmo, “… o cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo” (João 1.29)

Existe perdão para o pecador, existe perdão para os pecados do pecador! O pecador pode se arrepender de sua vida de rebeldia e pecados e vir para Jesus – sem trazer nada, nenhuma “boa obra”, a não ser o seu arrependimento e a sua fé na obra de Cristo na cruz. E será recebido, e será perdoado, e seus pecados serão apagados! O sangue de Jesus vai cobri-lo – não importa quão grande seja o seu pecado ou quão extensa a sua vida de pecados. Há perdão abundante!

“Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé, e isto não vem de vocês, é dom [presente] de DEUS; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8-9)

Além de perdoar, DEUS adota como seu filho o pecador que se arrepende de seus pecados e crê em Jesus: “Contudo, aos que o receberam, aos que creram no seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de DEUS” (João 1.12)

E faz desse novo filho (ou filha) uma nova criatura, e de sua vida, uma vida transformada, como está escrito: “Se alguém, está em Cristo, é nova criatura. As coisas antigas já passaram, eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5.17)

Por isso os discípulos ficaram tão felizes. Foram perdoados e transformados. Agora tudo fazia sentido, aquele homem era, de fato, o Filho de DEUS, o Salvador prometido nas Escrituras!

Jesus deu uma última ordem para eles e para os discípulos de todas as épocas: essa mensagem deveria ser pregada em todos os lugares do mundo, a todas as pessoas. Todos deveriam saber que precisam se arrepender de seus pecados e voltar para DEUS. Como falou através dos antigos profetas, DEUS continua ainda dizendo “Volta para o Senhor teu DEUS”!

Dissemos anteriormente que o nascimento de Jesus como homem iniciou o penúltimo ato de DEUS em direção aos homens na terra. Vivemos os dias desse ato, o tempo da misericórdia e da graça de DEUS, o tempo em que DEUS está oferecendo perdão e reconciliação aos que se arrependem de seus pecados e creem em Jesus.

Mas haverá outro ato, o último: Jesus vai voltar à terra para julgar todos os homens, como está escrito. Quando ele voltar, o tempo da misericórdia e da graça terá acabado. Não será mais possível o perdão dos pecados, porque então será o tempo da ira e da vingança de DEUS contra aqueles que, tendo rejeitado o sacrifício do Filho de DEUS, escolheram não se arrepender.

“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória” (Mateus 24.30)

“Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue: a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia. Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar” (João 12.48-49)

“Porque DEUS tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois DEUS enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado; o que não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de DEUS. E o julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más” (João 3.16-19)

De igual modo, quando alguém morre sem ter se arrependido dos seus pecados está automaticamente na mesma situação de condenação, pois “… aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo, depois disso o Juízo” (Hebreus 9.27)

Esta, porém, não é a vontade de DEUS! A Sua vontade é que todos venham a se arrepender, crendo no sacrifício de Jesus, para serem perdoados:

“Isso é bom e agradável perante DEUS, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. Pois há um só DEUS e um só mediador entre DEUS e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos. Esse foi o testemunho dado em seu próprio tempo” (1 Timóteo 2.3-6)

“O Senhor não demora em cumprir a sua promessa [da volta de Jesus] como julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3.9)

Porém, a decisão é de cada pessoa, e DEUS vai respeitá la! Hoje ainda é dia, hoje ainda é tempo. Há perdão disponível, há misericórdia e graça
disponível. Ainda podemos decidir!

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