Lendo mais uma vez esse trecho riquíssimo da Bíblia, o encontro de Jesus com a mulher Samaritana, Deus me falou tantas coisas novas, ministrou mais uma vez ao meu coração. Compartilho com vocês os tesouros que recebi, porque são do Senhor e para toda sua Igreja.
“Quando, pois, o Senhor veio a saber que os fariseus tinham ouvido dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos que João (se bem que Jesus mesmo não batizava, e sim os seus discípulos), deixou a Judéia, retirando-se outra vez para a Galiléia. E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria. Chegou, pois, a uma cidade samaritana, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José. Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta.” (João 4:1-6)
Na vida de Jesus nada era à toa. Na nossa vida de discípulos de Jesus, também nada deve ser à toa. Jesus saiu da Judéia para a Galiléia, passando pela Samaria, por orientação do Pai. Era necessário, uma vez que sua fama estava crescendo e o Pai sabia a hora certa para todas as coisas. Todos os movimentos de Jesus, além de suas palavras e obras, eram ditados pelo Pai. O Pai havia marcado também um encontro com a mulher samaritana. Não havia acaso na vida de Jesus. Não deve haver acaso em nossas vidas também, devemos ouvir a voz do Senhor e seguir por onde Ele nos guiar.
“Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)? Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado? Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.” (João 4:7-14)
O que me chamou atenção dessa vez que li essa parte não foi o que Jesus falou. Foram de fato palavras de vida eterna que iluminam nosso coração, mas você já reparou na atenção que essa mulher dispensou para Jesus? Ela o ouviu, ela conversou com Ele, ela sinceramente disse o que achava e ela prestou atenção às suas palavras. Ainda não as tinha entendido, mas prestou atenção, deu importância. Jesus não se importou com os sinceros questionamentos da mulher. O que Ele não suporta é a hipocrisia. Nas suas atividades de evangelismo, você já encontrou pessoas para as quais você falou tantos tesouros do céu e elas não deram importância, não prestaram atenção, ouviram e não receberam? Também já encontrou outras que bastou você falar uma única verdade e elas despertaram o interesse, receberam? Que o Senhor nos leve àqueles que Ele tem um encontro marcado em cada momento. Que o Senhor marque os encontros e conte conosco para lhe obedecer e ir a cada encontro marcado por Ele. Que estejamos atentos às oportunidades, que são os encontros marcados pelo Senhor. Que a gente lance a semente, fale a palavra que o Senhor tem para cada um. E que como essa mulher, a gente também esteja sempre aberto e pronto para ouvir o que Deus tem a nos dizer.
“Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la.” (João 4:15)
A mulher samaritana abriu seu coração para Jesus, pediu a sua ajuda, disse a Jesus o que ela desejava e o que ela achava que precisava. Glória a Deus por todas as vezes que isso acontece com alguém.
“Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem cá; ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.” (João 4:16-18)
Jesus recebeu uma palavra de conhecimento do Pai. Isso pode acontecer conosco também. Também podemos ter uma palavra de conhecimento sobre uma pessoa, sobre sua vida. Oremos por esse Dom de Deus. Quanto à mulher, nada escondeu, não mentiu, não sucumbiu ao orgulho. Que a gente também não perca nada do Senhor por orgulho, que sejamos sinceros com Ele, reconhecendo as nossas fraquezas. Que sejamos humildes também quando o Senhor usar o seu corpo aqui na terra (igreja) para falar conosco.
“Senhor, disse-lhe a mulher, vejo que tu és profeta. Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar.” (João 4:19-20)
Diante da revelação que estava tendo, a mulher não se concentrou em coisas menos importantes, em coisas terrenas, em suas aflições e tribulações atuais. Ela não tentou se justificar porque vivia aquela situação em sua vida pessoal, não disse sequer uma palavra sobre o assunto. Apenas teve mais sede de saber mais, de conhecer mais sobre as coisas do alto. Quantas vezes agimos tão diferentemente dessa mulher? Quantas vezes temos acesso e oportunidade aos tesouros de Deus e focamos aqui em nossa vida terrena? Quanta dificuldade temos em falar sobre o Reino para pessoas que o tempo todo retornam para suas questões pessoais terrenas (emprego ruim, filho que bebe, doenças, etc)? É claro que o Senhor se importa, mas a mudança definitiva vai acontecer quando o Reino de Deus chegar na vida dessa pessoa.
“Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas. Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo.” (João 4.21-26)
Lindo observar que o Senhor vai saciando a sede dessa mulher à medida que ela tem sede. Lindo comprovar que ela tinha um encontro marcado com o Senhor (embora não soubesse disso) quando ela falou: “Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas.” Lindo poder ver Jesus se apresentar dessa forma, simplesmente dizendo: “Eu o sou, eu que falo contigo”. Lindo ver que à medida que nos abrimos ao Senhor, Ele vem e nos dá de beber sua água da vida.
“ Neste ponto, chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? Ou: Por que falas com ela?” (João 4.27)
Fácil percebermos que os discípulos ainda enxergavam tudo na dimensão natural e não espiritual. Mas, quantas vezes nós mesmos fazemos isso também? Quantas vezes enxergamos determinada situação com olhos carnais e não espirituais? Quantas vezes estamos desatentos às pessoas que o Senhor coloca em nosso caminho?
“ Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?! Saíram, pois, da cidade e vieram ter com ele.” (João 4:28-30)
A atitude que essa mulher teve diante da revelação de Jesus é a que devemos ter sempre: tudo o mais perde o valor diante da grandeza do Reino de Deus. Ela descobriu o maior tesouro.
“O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.” (Mateus 13:44)
“ Nesse ínterim, os discípulos lhe rogavam, dizendo: Mestre, come! Mas ele lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis. Diziam, então, os discípulos uns aos outros: Ter-lhe-ia, porventura, alguém trazido o que comer? Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra. Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa. O ceifeiro recebe desde já a recompensa e entesoura o seu fruto para a vida eterna; e, dessarte, se alegram tanto o semeador como o ceifeiro. Pois, no caso, é verdadeiro o ditado: Um é o semeador, e outro é o ceifeiro. Eu vos enviei para ceifar o que não semeastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.” (João 4:31-38)
Não foi apenas para aqueles discípulos que Jesus estava mandando erguer os olhos e ver os campos prontos para a colheita, não foi apenas para eles que Ele lembrou que nosso esforço deve ser pela comida que não perece, que fazer a vontade de Deus deve ser nossa busca e que a vontade de Deus é que façamos a obra que Ele tem para nós, façamos discípulos. Ele promete recompensa eterna. Nós somos os enviados do Senhor. Que estejamos atentos aos propósitos de Deus mais que às nossas próprias necessidades.
“Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele me disse tudo quanto tenho feito. Vindo, pois, os samaritanos ter com Jesus, pediam-lhe que permanecesse com eles; e ficou ali dois dias. Muitos outros creram nele, por causa da sua palavra, e diziam à mulher: Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.”
O testemunho da mulher, sua pregação, foi o início de tudo, mas todas aquelas pessoas precisaram ter um encontro pessoal com Jesus. Nossa parte como enviados do Senhor, é testemunhar, pregar, lançar a semente e orar por essas pessoas para que elas tenham o seu encontro pessoal com Jesus.
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